Em júri, promotor pede para constar em ata 'confissão' de defensor que é 'maconheiro'
Um debate inusitado marcou uma sessão na 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça São Paulo. Na sessão, o defensor público pediu a desclassificação do crime de lesão corporal ou mesmo absolvição do réu por clemência. O promotor de Justiça, por vez, perguntou ao irmão do réu, se ele era usuário de drogas, e a resposta foi negativa.
Durante o debate, o defensor afirmou que o promotor de Justiça julgava as pessoas pela aparência, por perguntar a testemunha se ela era usuária de drogas. O promotor afirmou que não julgava as pessoas pela aparência, e que poderia perguntar para qualquer um sobre o uso de drogas. E com isso, questionou se o defensor fumava maconha. O que prontamente foi respondido de forma positiva. O promotor pediu para constar em ata que o defensor público “confessou, em público, que era maconheiro”. O defensor, por sua vez, pediu para constar na ata que a resposta foi “irônica”, e que era apenas uma retórica “no exercício da plenitude de defesa”. O caso tramita em segredo de Justiça, e por isso, não há mais detalhes sobre o desfecho do julgamento.