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MST cobra justiça, seis anos após o assassinato do líder camponês Fábio Santos

MST cobra justiça, seis anos após o assassinato do líder camponês Fábio Santos
Foto: Divulgação

Seis anos após o assassinato do professor e camponês Fábio Santos, uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na Bahia, os ativistas voltaram a cobrar justiça para o caso, ainda não solucionado pela polícia.


Nesta última semana o MST emitiu uma nota oficial para pedir uma resolução. “Desde o ocorrido, o MST tem estado em luto e em luta para que justiça seja feita e que os assassinos e mandantes sejam presos e que não ameacem mais a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Conforme acompanhamento do Ministério Público e investigações do Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos da Polícia Civil [Gemacau] há uma ‘associação criminosa’ composta por fazendeiros e pistoleiros que atuava na região de Ibicuí, Iguaí e Nova Canaã”, diz o documento. “Seis anos marcados por impunidade e reviravoltas. Durante esse tempo, o processo parou nas mãos de diversos juízes [as] que se declaram incapazes de julgar o processo com imparcialidade. O juiz Reno Viana, da comarca de Vitória da Conquista, decretou a prisão preventiva dos suspeitos. No entanto, assim como os demais juízes do caso, se declarou suspeito, fazendo com que o processo retornasse a ser físico na comarca de Iguaí”, situa o movimento.


As investigações, por parte da Gemacau, prosseguiram até chegar à operação de busca e apreensão, na qual foram presos o fazendeiro Délcio Nunes Santos, o comerciante Márcio Fabiano Cunha Borges e os vaqueiros Arenaldo Novais da Silva e Neuton Muniz da Silva. Os demais suspeitos apontados pela polícia como executores do crime fugiram. “A prisão dos acusados durou apenas 47 dias, e eles ainda continuam soltos e impunes pelo crime cometido. O processo atualmente se encontra com entraves devido o descaso do Judiciário em assumir a responsabilidade do caso. Uma das maiores dificuldades de hoje é o fato do processo ser físico, o que torna ainda mais complexa a atuação dos advogados assistentes de acusação”, finaliza o MST, por meio de nota.


Presidida pela juíza Lázara A. de Oliveira Ferreira, a nova audiência de instrução será realizada na próxima quarta-feira (26).