MPF elege lista tríplice para PGR; baiano Vladimir Aras fica fora
Os membros do Ministério Público Federal (MPF) elegeram, nesta terça-feira (19), Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul para formar a lista tríplice ao cargo de procurador-geral da República (PGR). O baiano Vladimir Aras, que ficou em quinto lugar, está fora da lista que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o subprocurador-geral da República Mário Bonsaglia foi o mais votado pela carreira, com 478 votos; em seguida, a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen (423); o terceiro foi o procurador regional da República Blal Dalloul (422).
Além dos três mais votados, vieram na sequência os procuradores regionais da República Lauro Cardoso (356); Vladimir Aras (346); José Robalinho Cavalcanti (191); e os subprocuradores-gerais da República José Bonifácio Borges de Andrada (154); Nívio de Freitas (127); Antonio Carlos Fonseca (29); e Paulo Eduardo Bueno (20). A eleição foi realizada nas unidades do Ministério Público Federal em todo o país. Ao todo, 946 membros participaram da eleição, 82,5% da categoria. Cada um pôde votar em até três candidatos.
DEFINIÇÃO PRESIDENCIAL
A lista tríplice da ANPR será encaminhada para o presidente Jair Bolsonaro, que irá definir se escolhe o novo procurador-geral a partir das indicações da entidade ou não. Na campanha, Bolsonaro não se comprometeu com a lista. Na época, disse não indicaria um nome ligado a correntes de esquerda e que preferia alguém mais à direita.
"O critério é a isenção. É alguém que esteja livre do viés ideológico de esquerda, que não tenha feito carreira em cima disso. Que não seja um ativista no passado por certas questões nacionais”, disse. “[Quero alguém que] tenha realmente uma visão macro e que respeite também a Constituição e os parlamentares que têm imunidade por suas opiniões palavras e votos”, acrescentou.