CNJ vai investigar pagamento de auxílio-moradia a juiz Marcelo Bretas
A Corregedoria Nacional de Justiça vai apurar se houve irregularidades na concessão de auxílio-moradia para o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A Corregedoria, ligada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura do pedido de providências. O ministro corregedor, João Otávio de Noronha, tomou a decisão após o ministro Gilmar Mendes, do STF, ter acionado seis órgãos para analisar o caso. O juiz é casado com a juíza Simone Bretas, que também recebe a verba de R$4,3 mil. As regras para concessão do auxílio-moradia, regulamentados pelo CNJ, determinam que seja pago apenas um benefício quando o casal é formado por magistrados. O benefício continuou sendo pago a Bretas, pois a Advocacia-Geral da União (AGU) perdeu o prazo para recorrer. Após três anos, ao constatar as falhas, a AGU conseguiu apresentar um novo recurso, que ainda não foi julgado. Na época em que o caso foi divulgado, Bretas afirmou que tem esse “estranho” hábito de ir à Justiça requerer seus direitos.