Alckmin prestou depoimento em sigilo no STJ antes de caso ir para Justiça Eleitoral
O pré-candidato a presidência Geraldo Alckmin (PSDB) prestou depoimento em sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O depoimento do tucano foi colhido por escrito. O pedido de investigação contra Alckmin foi aceito pela ministra Nancy Andrighi em novembro do ano passado. O caso ainda está sob sigilo. Segundo o jornal Folha de São Paulo, nem mesmo as partes tiveram acesso completo aos autos. O caso de Alckmin foi encaminhado para Justiça Eleitoral. Alckmin não tem mais foro privilegiado. No mesmo processo, foram chamados a depor Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado de Alckmin, e o secretário estadual Marcos Monteiro, ambos acusados de operacionalizar R$ 10,7 milhões em caixa dois nas campanhas do ex-governador de São Paulo em 2010 e 2014. O esquema foi delatado por membros da Odebrecht. Com o inquérito na Justiça Eleitoral, Alckmin deixou de ser alvo da Operação Lava Jato. "Ficou constatado que não há envolvimento do Alckmin na Lava Jato", disse o deputado Silvio Torres (PSDB-SP). "A questão da Justiça Eleitoral será decidida com tranquilidade. Ele deu ao STJ as declarações necessárias”. O processo andou com mais celeridade após Alckmin renunciar o cargo de governador para ser candidato a presidente. Ao jornal, o procurador-geral de Justiça Luciano Mariz Maia afirmou que Alckmin nunca esteve incluído na Lava Jato.