10% de honestos no TJ-BA: Advogado não comparece em audiência para se explicar

O advogado Felisberto Odilon Cordova, que declarou que não havia nem 10% de juízes honestos no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), não compareceu a audiência no Juizado Especial Criminal de Salvador. A audiência estava prevista para acontecer nesta terça-feira (6), a partir de um pedido do desembargador Júlio Travessa, membro do TJ-BA (clique aqui e saiba mais). O desembargador, em uma representação movida no Ministério Público da Bahia (MP-BA), busca uma explicação e retratação do advogado, que atingiu sua honra com a declaração, e quer que ele diga se está ou não nos 10% de honestos. Um dia após ficar conhecido em todo o país por acusar um desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) de vender sentenças, o advogado Felisberto, em entrevista a Rádio CBN, afirmou que alguns tribunais, “como o da Bahia, que são podres inteiramente”. “Talvez não tenha 10% de juiz honesto lá dentro”, disse o advogado na entrevista. Para que a audiência fosse marcada, foi necessário que o desembargador reiterasse seu pedido de representação ao MP, para que o órgão propusesse a ação penal por injúria. O primeiro pedido de representação, até mesmo individual, foi feito durante a sessão plenária do TJ, no dia 9 de agosto, quando a Corte discutiu qual tipo de ação seria possível ingressar contra o advogado. Na época, a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab) decidiu ingressar também com uma ação cível contra Felisberto. No dia 2 de setembro, o advogado, ao Bahia Notícias, reforçou que sua declaração era endereçada aos desembargadores e não aos juízes de primeiro grau do estado (clique aqui e veja).