Presidente da Suprema Corte dos EUA diz que Judiciário não está imune a assédio sexual
Os escândalos sexuais derrubaram personalidades influentes do cinema, da mídia e da política, principalmente nos Estados Unidos. E segundo o presidente da Suprema Corte dos EUA, ministro John Roberts, nem mesmo o Judiciário esteve imune a casos de assédio sexual. A declaração está no Relatório do Judiciário Federal de 2017, divulgado no último domingo (31). Por isso, de acordo com o Consultor Jurídico, o ministro anunciou que já começou a tomar providências para conter os episódios de assédio sexual no Judiciário, principalmente para proteger auxiliares judiciais e funcionárias dos tribunais federais. “O Judiciário começará 2018 fazendo uma cuidadosa avaliação de seus padrões de conduta e dos procedimentos para investigar e corrigir comportamentos inapropriados, para assegurar um lugar de trabalho exemplar para os juízes e todos os servidores das cortes”, escreveu. Em 2017, o juiz Alex Kozinski, que possuía prestígio e era frequentemente citado em artigos e decisões judiciais, renunciou ao cargo vitalício aos 67 anos após o jornal The Washington Post publicar acusações de assédio a funcionárias do tribunal. Pouco tempo depois, cerca de 700 funcionários do Judiciário enviaram ao presidente da Suprema Corte uma carta para pedirem uma forma de facilitar as denúncias de assédio.