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Defensores públicos se revoltam com novela da Globo por diálogo pejorativo

Defensores públicos se revoltam com novela da Globo por diálogo pejorativo
Foto: Divulgação
O episódio da novela “A Força do Querer”, transmitido na noite desta segunda-feira (12) não foi bem aceito por membros da Defensoria Pública. Isto porque, a personagem Bibi, vivida pela atriz Juliana Paes tece comentários sobre a atuação de defensores públicos. No capítulo, ela diz: “Eu sei, mas que advogado eu vou arrumar? Que advogado é esse? Isso aí vai cair na Defensoria Pública, entendeu? Isso aí é loteria, mãe. Pode ser um cara bom; pode ser um cara péssimo”. As associações dos defensores públicos e defensores públicos federais (Anadep e Anadef), emitiram um comunicado a Rede Globo para fazer algumas ponderações sobre a atuação da Defensoria Pública. “Apesar da licença poética e da liberdade de pensamento e criação, queremos apontar o prejuízo que o episódio traz para a imagem da Instituição e da carreira. A divulgação deste diálogo em uma emissora como a TV Globo, em horário nobre, infelizmente incorpora uma conceituação pejorativa, de um relevante serviço, atuando, desfavoravelmente, para grande parcela da população brasileira usuária dos serviços da Defensoria Pública”, diz a nota. A Anadep e Anadef afirmam que, para ingressar na carreira, o defensor público precisa passar por um criterioso concurso público, e após a posse, passa por constantes capacitações e tem o trabalho fiscalizado. “Ademais, a Defensoria Pública realiza cerca de 10 milhões de atendimentos por ano. Uma média de 1,9 mil atendimentos por defensor público. As principais áreas de atuação são: direito da família; criança e adolescente; acesso à saúde; direito do consumidor; combate à violência doméstica; e a área criminal. No tocante à atuação na esfera do processo penal, os defensores públicos têm se destacado pela atuação intransigente na defesa de garantias e liberdades individuais, a fim de se resguardar os princípios constitucionais da ampla defesa e do devido processo legal”, esclarece as instituições. A Anadep e Anadef pediram que a emissora faça uma reparação por veicular o diálogo pejorativo. “O direito de mostrar à população a verdadeira imagem da Defensoria Pública – órgão constitucional de defesa do cidadão economicamente desfavorecido, que tem por escopo assegurar a assistência jurídica integral e gratuita, direito e garantia constitucional previsto na Constituição Federal”.