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Juiz libera 18 dos 26 jovens detidos em manifestação contra Temer em São Paulo

Juiz libera 18 dos 26 jovens detidos em manifestação contra Temer em São Paulo
Foto: Ravena Rosa
O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, do Juizado Especial Criminal de São Paulo, colocou em liberdade nesta segunda-feira (5) 18 dos 26 jovens detidos pela Polícia Militar antes da manifestação contra o governo Michel Temer e por eleições diretas, ocorridas no último domingo (4). Os 18 jovens liberados são maiores de idade. Os outros menores de idade ainda esperam análise de um juiz da Vara da Infância e Juventude. De acordo com o UOL, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deu parecer favorável à soltura dos adolescentes, que podem ser soltos nesta terça-feira (6). O juiz, na decisão, criticou a ação da PM. "O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação de praticar verdadeira 'prisão para averiguação' sob o pretexto de que estudantes poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Este tempo, felizmente, já passou", asseverou. Ainda destacou que a prisão dos jovens aconteceu em um “fortuito encontro com policiais militares que realizavam patrulhamento ostensivo preventivo, e não de uma séria e prévia apuração, de modo que qualificar os averiguados como criminosos à míngua de qualquer elemento investigativo seria, minimamente, temerário". O magistrado acrescentou: "não há, mínima, prova, de que todos se desconheciam”. Os adultos foram indiciados por associação criminosa, formação de quadrilha e corrupção de menores, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A PM disse que os jovens confessaram que pretendiam praticar atos de vandalismo no protesto. O advogado Marcelo Feller, que defende seis dos 18 adultos diz que a decisão do magistrado "coibiu o abuso e a violência do Estado". "Foi uma decisão dura e corajosa. A Polícia não tem o direito de prender ninguém sob pretexto de uma suposta e futura prática criminosa. Isso não é ação de um Estado Democrático de Direito, e sim de um Estado policialesco", disse o advogado.