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Peixe revela quando autoriza artista a mudar letra: ‘Compositor tem que ser respeitado’

Por Erem Carla

Peixe revela quando autoriza artista a mudar letra: ‘Compositor tem que ser respeitado’
Foto: Divulgação

Se você já se emocionou ao som de “Voa, Voa”, “100% Você”, “Não Vou Chorar”, “A Fila Andou” e eu “Quero Chiclete”, muito tem que agradecer a Alexandre Peixe. O artista baiano é responsável pela composição dessas músicas e muitas outras lançadas tanto dentro quanto fora do território baiano. 

 

Ao Bahia Notícias, um dos principais compositores do axé music contou que acompanhou as últimas polêmicas sobre autorias musicais e admite que jamais aceitaria que um intérprete declarasse que compôs uma música sua.  

 

"Como autor, eu nunca tive essa experiência e espero não ter, mas tenho uma opinião muito clara sobre isso. Acho que são dois aspectos muito diferentes, o compositor e o intérprete têm papéis importantíssimos, cada um da sua maneira, mas são coisas que não devem se misturar”, começa.

 

Com anos de experiência, ele salienta que não abriria essa exceção hoje em dia. “A não ser que o artista me convencesse de alguma mudança. Eu já tive parcerias com artistas que sugeriram alterações que eu considerei interessantes a serem feitas. Quando você ver que existe uma vontade grande de que a mudança vai fazer a música ficar melhor, não vejo problema. Mas quando você ver que o artista quer botar uma vírgula para entrar (na autoria), eu não aceitaria”, afirma. 

 

“Eu acho isso uma coisa muito negativa, não vejo com bons olhos isso, não. Acho que o compositor tem um trabalho árduo, difícil e deve ser respeitado nesse sentido”, diz Peixe.

 

A crítica do artista se estende ao uso de melodias famosas em jingles políticos, muito comum em ano eleitoral. Peixe conta que nunca esteve envolvido em nenhuma situação do tipo, mas que também não vê problemas em criar um ‘hit’ político. 

 

“Sou radicalmente contra, acho que é um grande retrocesso a gente aceitar isso. Não é a letra só que vende, uma melodia de sucesso, até uma criança que não sabe falar já balbucia melodias. Fazer melodias que fixem também é um grande trabalho”, opina o artista.  

 

E para celebrar e enaltecer a baianidade, Peixe idealizou o projeto Axézin, uma festa temática criada em 2018 que recebe e homenageia artistas importantes do Axé Music. A primeira edição deste ano acontece neste sábado (26) e recebeu o nome Bye Bye Verão, como uma despedida da estação (veja aqui). 

 

Timbalada, Armandinho Macedo e Marcia Freire são os homenageados deste sábado, mas o projeto já prestou homenagem para Olodum, Gerônimo, Durval Lélys, Márcia Freire, Sarajane, Márcia Short, Tatau, Xanddy, Tonho Matéria, Ninha, Ricardo Chaves, Reynaldinho, Buk Jones, Tenison Del Rey, André Macedo, Gilmelândia e Emanuelle Araújo. 

 

“A gente sempre fala ‘homenagear’ porque essa é a palavra que queremos valorar mesmo. Temos um espaço dentro da festa chamado ‘Corredor da História’, onde a gente faz homenagens ao artista e o recebe no palco com todas as honrarias, até porque são artistas que escreveram e continuam escrevendo a história da Bahia”, diz. 

 

Peixe ainda lembra como recebeu a notícia do decreto que autoriza eventos sem limite de público na Bahia (veja aqui) e diz que todo setor de entretenimento ficou aliviado com a decisão do governo. 

 

“Nossa cidade já tem tradição, é uma cidade com força no entretenimento, com uma cultura muito voltada para eventos e shows, o que atrai muito turista. Quando paralisa muitos setores ao mesmo tempo, a gente fica muito preocupado com essas consequências. Acho que todo mundo no nosso setor sentiu. Mas seguimos com os cuidados”, declara.

 

O artista também está confirmado no CarnaSal, micareta privada que acontece de 21 a 23 de abril no Wet'n Wild, em Salvador e se apresenta no sábado (23), mesmo dia da Banda Eva, Bell Marques e Psirico.