Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Sem apoio, Cia Baiana de Patifaria anuncia fim das atividades após 35 anos de história

Sem apoio, Cia Baiana de Patifaria anuncia fim das atividades após 35 anos de história
Foto: Reprodução / Mercury / Divulgação

Após 35 anos de história, a Companhia Baiana de Patifaria, um marco na cultura local e nacional, anuncia o fim dos trabalhos. 

 

A notícia foi dada por Lelo Filho, idealizador do projeto, em suas redes sociais no fim da noite da última terça-feira (30), em um longo texto no qual ele falava sobre a história da Cia e da falta de apoio nos últimos anos.

 

"A caminho de 35 anos de trajetória da Cia, estamos fechando esse longo ciclo de nossa trupe. Entraremos para a lista de companhias de teatro que não conseguiram passar em nenhum edital recente da Lei Aldir Blanc, nem pelo município e nem pelo estado", escreveu.

 

Segundo Lelo, além de não ter conseguido o apoio da Lei Aldir Blanc, que auxiliou artistas durante a pandemia, a Cia Baiana de Patifaria teve as portas fechadas em 6 tentativas de emplacar projetos. Na trajetória do grupo estão os sucessos de bilheteria  "A Bofetada", "Abafabanca", “Noviças Rebeldes”, “3 em 1”, “A Vaca Lelé”, “Capitães da Areia”, “Siricotico” e “Fora da Ordem”.

 

"Não houve quem tivesse conseguido salvar sedes de grupos artísticos, espaços culturais e, até mesmo, teatros que a cidade perdeu no último ano e meio", explicou.

 

 

 

Em 2021, a sede da Cia Baiana de Patifaria foi adaptada para receber artistas que desejavam ensaiar, apresentar ou transmitir seus espetáculos de forma online. Na época, o Casarão 15 recebeu apoio do Mapa Cultural, mas não foi suficiente para manter o negócio de pé. 

 

"O futuro é incerto. Vontade de trabalhar nunca faltou. A Cia foi independente de verba pública e privada durante longos anos, mas a pandemia nos apresentou uma realidade difícil de enfrentar. A nossa invisibilidade diante quem poderia fazer a diferença é distópica. Fica aqui o nosso desejo para que os gestores de cultura e as comissões formadas por 'integrantes da sociedade civil', não deixem que mais nenhum grupo encerre suas atividades. Que mais nenhum teatro feche. Pois é isso que os que agora nos desgovernam mais desejam".