Apresentadora da Record, Carolina Ferraz lança websérie sobre convivência na pandemia

Com a necessidade se reinventar e produzir o seu próprio conteúdo durante a pandemia, a apresentadora da Record, atriz e diretora da sua própria produtora, Carolina Ferraz, criou a websérie “Os Pandêmicos”, em parceria com o ator e produtor executivo Otávio Martins.
A ideia surgiu de uma conversa dos dois com Juliana Araripe sobre as dificuldades dos tempos atuais e do impacto da crise na classe artística. Com investimentos próprios e uma equipe enxuta de 18 pessoas, o roteiro, que foi escrito por Otávio Martins e Juliana Araripe, se passa em um “passado recente”, meados de março de 2020 - inicio da pandemia da Covid-19 - quando o Brasil estava começando a se adaptar aos tempos de isolamento.
A história gira dentro de um apartamento, em que os casais Janaina e Zózimo (interpretados por Carolina Ferraz e Thiago Albanese), Heitor e Fernanda (Otávio Martins e Juliana Araripe) se veem obrigados a passar a quarentena juntos e experienciar uma rotina intensa lado a lado. Um dois casais é divorciado e possui uma filha em comum, Beatriz (interpretada por Valentina Cohen, filha de Carolina Ferraz).
“Eu, Otávio Martins e Juliana Araripe, em uma ligação falando das dificuldades dos tempos atuais que estamos vivendo e do desespero criativo que todos nós artistas e pessoas que vivem de comunicação estamos atravessando, criamos a websérie a partir da necessidade de se expressar em tempos tão opressores e artisticamente vazios, e da necessidade de se reinventar. Acho que dentro de tudo que é opressor, dentro de tudo que é limitante, a necessidade do ser humano de transpor barreiras, de querer criar soluções e apresentar alternativas aparece em um volume muito maior e muito evidente, na classe artística sem dúvida não poderia ser diferente”, disse Carolina Ferraz.
Os oito episódios foram gravados no apartamento do ator Otávio Martins e o investimento da produção foi totalmente independente e feita pelos próprios atores, Carolina e Otávio, para execução do projeto.“Nossa vontade era, desde o começo, levar para série aspectos cômicos de uma convivência forçada entre as pessoas. Para isso, a pandemia virou um pano de fundo para falarmos sobre as idiossincrasias nas relações entre quatro paredes, mas sob uma ótica cômica, leve”, confessou Otávio Martins.
“A classe artística foi fortemente impactada pela pandemia, por que nós artistas, em sua grande maioria, vivemos o coletivo. É extremamente interessante a necessidade do artista continuar se expressando. A realidade ao em torno nos fez pensar e agir rápido, para que nós não ficássemos estagnados. O isolamento nos provocou uma reflexão profunda, na sociedade num geral e na classe artística também, de como nós queremos nos expressar e de como queremos nos colocar.”, completou Carolina.
A websérie vai estreia nesta sexta (23), no canal de youtube da Carolina Ferraz, que possui 197 mil inscritos e mais de 7 milhões de visualizações.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Buscar
Colunistas

Fora da Bolha
Colunista
06/10/2020 - 21:00
'O que será de SSA sem Carnaval?', questionam empresários ao pedirem volta dos eventos
Como está o setor do entretenimento no meio da pandemia da Covid-19? Quais são os principais desafios de empresários e fornecedores, e quais alternativas são discutidas com a prefeitura de Salvador e com o governo da Bahia? Com esse debate, o projeto "Fora da Bolha" está de volta e convidou Wagner Miau, produtor de eventos; Marcelo Britto, empresário de Léo Santana; Guto Ulm, produtor de eventos; e Leo Ferreira, empresário de Bell Marques.
17/02/2020 - 16:00
Fora da Bolha: Guia prático para (sobre)viver o Carnaval de Salvador 2020
Idealizado e apresentado pelo repórter de Holofote Júnior Moreira Bordalo, o Bahia Notícias lança nesta segunda-feira (17) o projeto “Fora da Bolha”. A ideia é simples: reunir representantes de outros veículos de comunicação para debater um tema que esteja na boca dos baianos, trazendo pontos de vista distintos. Ou seja: ao surgir algo que mereça atenção detalhada – seja na música, novela, séries, bastidores de TV, fofocas etc –, um time será convocado para uma nova edição.

Ildázio Jr.
Colunista
06/01/2021 - 16:00
Ildazio Jr.: Um entretenimento órfão
Em fevereiro agora fará um ano que aconteceu o último momento do grande entretenimento baiano, o carnaval! Em uma breve retrospectiva, de lá para cá foi um tal de Cestas básicas, campanhas de arrecadações, inúmeras demissões, empresas fechadas, estruturas empoeirando, novos motoristas de aplicativos, vendedores de máscara, álcool gel, pizza brotinho... Uns voltaram para o interior, outros tiraram os filhos da escola, uns colaram nos malas triplos diamantes do marketing de rede, outros levaram os cases para a porta da Basílica do Senhor do Bomfim. Vieram as lives (que até já meio que saíram de moda) e, claro, profundas insatisfações por parte dos empresários e empreendedores até que bem compreensíveis – pois quem emprega, paga impostos e movimenta o mercado está impossibilitado totalmente de trabalhar, sem um planejamento por parte do estado. Mas, em paralelo, o pau canta na informalidade das grandes festas de paredão, dos metrôs lotados, sem falar dos comícios e imensas aglomerações na recente campanha política. Enfim... Ao que parece ninguém nesse país entendeu que a falta de educação e respeito às regras no aglomerar diário, mostrados pelos veículos de comunicação, é que está matando muito, e não quem vive de entretenimento. Segue o baile!
08/12/2020 - 10:10
Ildazio Jr.: Cultura baiana, tão relevante & tão desprezada!
Lavoisier uma vez disse a frase “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Por meio desta metáfora é possível hoje se pôr a pensar bastante sobre o significado e importância de se mudar e se transformar o olhar sobre a CULTURA na Bahia! Nesses últimos 20 anos tomando como exemplo o carnaval e o entretenimento (o primeiro virou um Frankstein e o outro algo com pouca dose de criatividade e inovação artística), nada novo ou nenhum protagonista apareceu no nicho. Sempre os mesmos que, por mais rodados que sejam, não se entendem capazes de dar o espaço necessário e possível a nova cultura de raiz baiana, este inesgotável filão de coisas novas e boas! Os players já vêm sofrendo com a escassez de produtos que os apetecem, e a Covid-19 acabou de lenhar com todo mundo! Mas fica a pergunta, porque só enxergam o entretenimento e não ajudam a fomentar a matéria prima que vai lhes forjar ferramentas de sucesso para seu ofício? Ah, falo da CULTURA viu!

Luis Ganem
Colunista
11/01/2021 - 17:50
Luis Ganem: Quem ouve axé no paredão?
Há poucos dias o Bahia Notícias e outros veículos noticiaram que Claudia Leitte e Ivete Sangalo fariam, juntas, uma live na data do Carnaval. A data escolhida, creio eu, foi uma forma simbólica de entender que o Carnaval não foi esquecido e ao mesmo tempo homenageá-lo. Achei muito bacana da parte das cantoras essa iniciativa de fazer uma live no período momesmo. Gesto digno de aplausos, mediante o fato de que todo mundo vai estar em “casa” (#sqn). Confesso que na hora que li a matéria achei muito massa. Que beleza! – pensei eu – precisamos de mais inciativas assim! Vai ser muito bom, ainda mais que as duas devem cantar os grandes sucessos de Carnaval e da carreira das citadas. Mas daí, algo sempre fica a desejar e, a depender do que seja feito, a sensação que tenho é de um grande “Déjà-vu”.
27/10/2020 - 12:10
Luis Ganem: Uma metralhadora ambulante
Ano de 2016, “as que comandam vão no tra, tra, tra”. A música mais executada no carnaval daquele ano, “Metralhadora”, era até então executada por uma banda desconhecida, com uma cantora até aquele momento totalmente desconhecida. Corta para o ano de 2020. Ano de pandemia, Carnaval da Bahia tentando se reerguer perante a chegada de novos valores ao cenário nacional. Corta novamente para esse mesmo ano, porém para outubro de 2020. A cantora Tays – esse é o nome daquela que fez sucesso em 2016 no carnaval de Salvador – expõe de forma “casual” no confinamento que passa no programa da Rede Record, “A Fazenda”, as mazelas pelas quais passou quando à frente da banda que emergiu na supracitada folia – Banda Vingadora –, na qual ganhava meros 0,8% do cachê total – dito por ela – por apresentação.