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'Que pena que a música de cunho social perdeu o interesse', lamenta Tatau sobre fase atual

Por Júnior Moreira Bordalo

'Que pena que a música de cunho social perdeu o interesse', lamenta Tatau sobre fase atual
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Com mais de 30 anos de carreira, o cantor Tatau decidiu criar seu próprio ensaio de verão. Denominado “E Lá Vou Eu”, em homenagem a uma das suas principais músicas, “Protesto do Olodum”, o evento acontecerá no RV Lounge, no Rio Vermelho, pelas próximas quatro quintas-feiras. Na primeira edição, o artista receberá Filhos de Jorge, Buck Jones e Márcia Freire.

 

Em processo de divulgação, Tatau esteve no Bahia Notícias, durante a manhã desta quarta-feira (29), e falou de sua relação com a banda Ara Ketu, na qual fez parte por 24 anos. Ele disse que segue acompanhando a nova formação e teceu elogios a Dan Miranda, atual cantor da banda. "Uma voz linda. Sinceramente, falando de alguém que tem relação com o afro de voz, não tem ninguém como ele", confessou.

 

“Ara Ketu é minha escola, aprendi tudo. É gratidão. Tenho muito respeito. Foi uma história de troca muito bacana. Deus operou muito na minha relação, pois nunca vi algo daquela natureza, de ter no ano três músicas de sucesso”, lembrou. O artista frisou que muito da vontade de seguir em carreira solo surgiu da necessidade de se afirmar como compositor industrial. Atualmente, artistas como Claudia Leitte, Simone e Simaria, Sorriso Maroto e Pablo já gravaram suas canções.  

 

Apesar dos sucessos recentes, o músico lamentou a falta de músicas de protesto nas rádios. “Que pena que a música do cunho social perdeu o interesse. Não se transforma em música de rádio, em música de massa, sabe? Escuto rádio e não vejo mais nada derivando por esse caminho. Não critico os seguimentos, o sol está para todo mundo. Só sinto falta desse interesse de falar dos problemas da comunidade”, defendeu-se.

 

Por falar nisso, enquanto negro, admitiu que já lidou com diversas situações racistas, mas que tais ocasiões serviram para seu fortalecimento. “Fez-me assumir cada vez mais como negro que tem o poder do microfone nas mãos. Nunca me olhei como menor. Não dei a chance do cara me deixar pequeno, pois é isso que eles querem. Humilhar enche o prato de algumas pessoas”, lamentou. Assista: