Contratantes de show emitem nota de repúdio e acusam Anitta de não receber fãs cadeirantes
Anitta foi alvo de uma nota de repúdio dos próprios contratantes por causa de um show que realizou na Exposição Agropecuária de Cacoal (Expoac), em Rondônia, na última sexta-feira (10). Em sua página no Facebook, a Associação Rural de Cacoal (Arca) disse que desde o primeiro contato com a produção da carioca a diretoria “percebeu que seria uma noite complicada” e que foram feitas “exigências totalmente descabidas”.
Assinada pelo presidente da Associação, Jonas Góes Neto, a nota diz que a assessoria da cantora só permitiu o atendimento de uma emissora de TV da região, e que para não discriminar nenhum veículo de imprensa a organização da festa preferiu não realizar a entrevista no camarim. Contudo, Anitta teria entregue 15 pulseiras a Jonas para atendimento após o show. “Com as pulseiras em mãos o Presidente solicitou que, conforme todo artista que se apresentou no palco da Expoac em 20 anos de história, a cantora atendesse às pessoas com deficiência ou necessidades especiais, o que foi prontamente negado pela produtora de nome ‘Amanda’. A decepção tomou conta não apenas das pessoas com deficiência, mas de toda diretoria. Mas o show tinha que acontecer, pois cerca de 12 mil pessoas aguardavam na arena”, revela o presidente.
A Arca ainda acusa a cantora de aparentar “apatia” durante o show, e afirma que ela “parecia não querer estar naquele lugar”: “Acostumados com shows de cerca de 2 horas de duração, o público da Expoac teve que se contentar com um show frio e sem muitas das principais músicas da cantora, como o mais recente lançamento “Medicina”. O tempo total de show não chegou 1 hora”.
Após o show, os problemas teriam continuado. “Devido a todos os fatos ocorridos a Diretoria da Arca decidiu que não utilizaria nem mesmo as 15 pulseiras que recebeu. Porém a produção da cantora, inclusive seu marido, Thiago Magalhães, solicitaram a presença dos diretores da Associação garantindo que além dos associados, atenderia também os cadeirantes e a imprensa. Com proposta aceita, após o show a cantora iniciou o atendimento, inicialmente pelos cadeirantes, a pedido da Diretoria. Porém, neste momento, a produtora Amanda buscou membros do fã-clube do Acre que estavam do lado de fora dos portões e, aos poucos, colocou-os para dentro do camarim. Após atender estes fãs, a produção fechou a porta de acesso e a cantora simplesmente ‘fugiu’ pelos fundos usando um capuz. Assim deixou boa parte dos contratantes mesmo com pulseiras, imprensa e fãs da região sem nenhum tipo de satisfação”, lamenta a nota de repúdio.
No texto, a associação diz que os diretores tinham “abdicado ao direito” de visitar o camarim, mas repudia “a forma como a imprensa e o público de Cacoal foram tratados, com crianças chorando à porta do camarim e, principalmente, pela forma como o show aconteceu, deixando claro que a cantora não queria estar ali”.