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Com fim do Alavontê, músicos lamentam post de Manno: 'Aqui não é uma facção política'

Por Júnior Moreira / Pascoal de Oliveira

Com fim do Alavontê, músicos lamentam post de Manno: 'Aqui não é uma facção política'
Foto: Pascoal de Oliveira / Bahia Notícias

Em 2013, o Alavontê surgiu com a proposta de misturar as influências dos músicos Durval Lelys, Jonga Cunha, Magary Lord, Manno Góes, Ramon Cruz e Ricardo Chaves. Na época, a ideia era de que o projeto - dito despretensioso – fosse uma forma de reunir os amigos para fazer “um som” sem amarras mercadológicas. Ou seja, sem preocupar em fazer sucesso. O movimento cresceu, fez diversos shows, ajudou a configurar o “Furdunço” no Carnaval de Salvador e hoje, cinco anos depois, acumula alguns arranhões, brigas, chegada e saída de integrantes e conquistas. Com tantas coisas, os atuais membros, Ricardo, Magary, Jonga, Ramon e Andrezão Simões, resolveram anunciar o fim do projeto. O Bahia Notícias foi convidado para acompanhar um dos últimos ensaios do grupo e bateu um papo sobre a decisão. No encontro, só o responsável pelo hit "Inventando Moda" não estava presente. “Foram cinco anos lindos e a gente agora vai mudar de casca, roupa, para começar um novo momento”, inicia Jonga. “No início, o que fizemos foi se juntar para curtir a vida. Fomos em uma terça-feira no Rio Vermelho para fazer o show. A ideia era só ter quatro encontros e estamos aqui até hoje”, completa André.

 

 No clima de descontração, Ricardo explicou que a novidade, motivo de susto para muitos dos fãs, surgiu com o intuito de impedir brigas na Justiça por direito de uso da marca “Alavontê”, iniciada, aparentemente, por Manno. “Não vamos perder nosso tempo discutindo uma coisa dessas. É uma separação, onde aquilo ali ficará guardado. As coisas não precisam chegar nesse ponto. Na verdade, o que fizemos virou muito maior que um nome”, frisa. Contudo, na internet, o ex-integrante da banda Jammil e Uma Noites disse ter sido expulso do conjunto por questões políticas. Com termos de baixo calão, o artista afirmou ser o responsável por dar forma o grupo. “Não chegamos a um acordo. Estamos com uma auditoria sobre prestação de contas. Eles que façam então a porra deles. Fui expulso da banda que eu fiz por questões políticas. Não vou abaixar a cabeça para gente hipócrita. Não abaixe a sua também! Reaja!! Defenda seus pensamentos! Opine! Cuzões de merda que envelheçam sozinhos com sua covardia e acomodação. Não sejam escrotos com seus amigos. Deem valor à gratidão”, escreveu nas redes sociais (veja aqui). Todos os presentes discordaram do posicionamento de Manno. “Acho lamentável o tipo de colocação. O respeito que deve permanecer e que foi o grande motivo da separação lá atrás, em 2016, não existiu. Se você está em um relacionamento e percebe que não tem motivos para continuar juntos, não cabe ficar expondo coisas do passado, pois as pessoas só terão um recorte e, por isso, farão um julgamento raso”, acrescenta André.  

 

Jonga argumenta que a saída de Manno não foi motivada pela justificatica que ex-integrante apontou e que a reação dele na internet já era esperada. “Chegamos a um ponto de convivência com o casamento em que não dava mais para ficarmos. Eram discordâncias do dia a dia. Não existe um posicionamento político do Alavontê. Aqui as pessoas têm diversas orientações. Na prática, tocamos com a prefeitura, governo, governo federal, iniciativa privada, além dos nossos próprios shows. Não temos isso de Lula ou Temer enquanto grupo”, frisa. Ricardo Chaves lembra que o objetivo do Alavontê sempre foi de agregar. “Isso aqui não é uma facção política. Não podemos reduzir uma coisa tão bacana a uma discussão dessas. É ser muito raso para algo que foi muito bom. Todos os recursos que recebemos foram divididos por todos os membros, inclusive Manno Góes. Vamos parar com essa história de dividir. Não estamos terminando por uma questão política, estamos terminando por questão de convivência”. Para virar a página, o grupo fará do Anarriê Alavontê o marco de transição para o novo projeto, cujo nome ainda é mantido em sigilo. “Será muito especial, pois já é o quarto ano que fazemos dessa festa a oportunidade de mexer no repertório e abrir o coração para o Nordeste propriamente dito”, comemora Jonga.  “Não adianta perguntar o novo nome que não lhe dizer. Não vamos dizer porque é engraçado. Esse é o nosso estilo de dizer as coisas”, brinca Andrézão. O evento acontece no dia 30 de maio, no Villa São José, a partir das 21h. No dia 31, a atual formação – já com o novo nome – lançará uma música para marcar este recomeço.