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Prestes a fazer show na Argentina, Olodum defende resgate e valorização do samba-reggae

Por Bárbara Gomes

Prestes a fazer show na Argentina, Olodum defende resgate e valorização do samba-reggae
Fotos: Divulgação

Em ano comemorativo dos 30 anos do Samba Reggae e da música "Faraó - Divindade do Egito", a banda Olodum está na Argentina até o dia 11 de setembro fazendo shows. No ano passado os tambores do grupo também apontaram por lá, com um público que passava de 50 mil pessoas, conforme informou a assessoria. O cantor Mateus, há 24 anos na banda, explicou que neste ano de homenagens o trabalho foi mais intenso. “Surgiram projetos diversos como documentário e parcerias, além de um show especial que será realizado em novembro. Porém, além da expectativa, a comemoração serviu para consolidar a importância da música Faraó, não só como um sucesso que perdurou esses 30 anos sendo cantada em 37 países e por diversos artistas, mas também a importância como mudança de conceito musical que ajudou a elevar a nossa música para um outro patamar de reconhecimento internacional “, disse o cantor, que começou no Olodum como percussionista e desde então tem viajado pelo mundo levando a musicalidade da Bahia. Ele destacou que já passou por 17 países.

Com as canções "Avisá Lá", "Rosa", "Alegria Geral", "Vem Meu Amor", "Berimbau", "Madagascar Olodum", entre outras, o grupo ao longo dos anos conquistou um público estrangeiro que pode ser visto tanto nos ensaios do Largo Tereza Batista, em Salvador, quanto nas apresentações fora do país. “Muitas bandas brasileiras quando vão para o exterior, a maioria do público é de pessoas da comunidade brasileira. Nós conseguimos sempre atrair um grande número de estrangeiros que seguem o nosso trabalho, não só na parte musical como também na parte cultural. Em muitos lugares parece até que estamos em Salvador, pelo fato dos fãs conhecerem todas as músicas e vibrarem o tempo todo, além de terem o símbolo do olodum tatuado no corpo como os nossos fãs brasileiros”, comentou Mateus. Olodum desde o surgimento tem se mostrado uma banda de resistência e, em um momento em que muito se comenta sobre instabilidade e crise na música baiana, o cantor da banda aponta que a incerteza paira na música de um modo geral. Entretanto, para o ritmo percussivo ele enxerga um momento positivo. “Nesse universo percussivo do samba reggae eu percebo o contrário, um movimento de resgate e valorização dessa célula rítmica importante da nossa música”. Ainda na opinião de Mateus, o que falta para fomentar ainda mais seu ritmo “é a união que muitos outros seguimentos da música brasileira têm e que os fizeram forte”. O trabalho da banda, além de preservar o batuque característico da Bahia, tem sido ultrapassar territórios, levando mensagem de paz e igualdade.