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Entrevista

Adepta a 'dancinhas', Mari Antunes diz que Babado Novo não sofreu impacto do Tik Tok

Por Erem Carla

Adepta a 'dancinhas', Mari Antunes diz que Babado Novo não sofreu impacto do Tik Tok
Foto: Marina Nadal / Bahia Notícias

Há 11 anos à frente do Babado Novo, Mari Antunes comanda o projeto audiovisual em comemoração aos 20 anos de aniversário da banda, rodeada de artistas numa mistura de gêneros musicais, proporcionando um verdadeiro Carnaval antecipado. Em entrevista ao Bahia Notícias, ela admitiu que nem ela havia se dado conta de que liderava o grupo há tanto tempo.

 

“Eu falo: 'meu Deus do céu, eu achava que só tinha cinco'. O negócio passou rápido demais. A gente perde a noção do tempo”, confessa a artista.

 

A cantora ainda contou os bastidores do projeto e opinou sobre a influência das redes sociais na divulgação das músicas. “Esse novo universo, do Tik Tok, não foi algo que chegou para mim de uma forma impactante, porque eu já fazia esses tipos de dança”.

 

Mari também revelou como recebeu a notícia da possibilidade de mudança do circuito Barra-Ondina no Carnaval de 2023 e comemorou a turnê internacional da banda. 

 

Confira a entrevista completa: 

 

Qual é a sensação de estar à frente de um projeto de 20 anos de uma banda tão tradicional como a Babado Novo?

Eu falo: ‘meu Deus do céu, eu achava que só tinha cinco'. O negócio passou rápido demais. A gente perde a noção do tempo, mas eu me sinto muito feliz de fazer parte do projeto, de ter destaque no mercado fonográfico que é a banda Babado Novo, dona de uma história tão linda. 

 

Como foi a produção do projeto? 

Quando a gente pensou em gravar esse projeto audiovisual, foi em forma de comemoração e, por incrível que pareça, a parte mais difícil foi a escolha do repertório. É um projeto com 18 faixas e nós lançamos o primeiro single inédito com duas grandes cantoras que eu tenho grande admiração, que são Gabi Martins e Mc Danny. 

 

Inclusive, esse single chegou com uma mistura de ritmos que estão sendo muito utilizados por causa do ‘boom’ das dancinhas nas redes sociais. O axé sempre fez músicas coreografadas. Você acha que o axé tem dificuldade de alcançar esse público? 

De jeito nenhum! Na verdade, esse lance da dança, dos swings, já é muito bem impresso no nosso ritmo. O axé tem uma licença poética para mergulhar e passear em diversos ritmos porque o axé é uma mistura de ritmos, e a gente sabe fazer isso muito bem. 

 

Então entrar nessa nova onda não foi uma adaptação para você?

Desde que eu entrei no Babado Novo, as músicas sempre foram muito dançantes. Eu amo dançar, então sempre teve muita coreografia. Esse novo universo, do Tik Tok, não foi algo que chegou para mim de uma forma impactante porque eu já fazia esses tipos de dança, então foi de uma forma muito natural, é meu natural. Eu estou dando continuidade a esse segmento, já que é uma plataforma que está ajudando nós cantores. A gente tem que estar se atualizando, mergulhando e, eu faço isso de uma forma muito natural porque adoro uma dancinha! (risos). 

 

Você acha que o público que acompanha o Babado vem se modificando nesses 11 anos que você está à frente da banda? 

Sim. Porque na verdade a gente não estacionou lá atrás. E por isso que, na hora de definir o repertório, decidimos vir também com essa renovação. Porque a música não para. A gente precisa renovar, incluir. Eu sou do tipo ‘bora incluir, fazer, reinventar?’, e o público vai junto com esse novo mercado. 

 

Os fãs mais antigos também se adaptam bem às novidades?

Existe também o lado do saudosismo. Por isso a gente faz essa mistura dos grandes clássicos que fizeram muito sucesso e não podem faltar de jeito nenhum. A gente relembra isso nos shows e é fantástico, mas com as novidades também, se não a gente para no tempo. Por exemplo, vamos lançar um EP com cinco músicas. Serão releituras com músicas desde a fundação do Babado até músicas da minha entrada como “Bateu, ficou”, “15 Mil Por Mês”, “Te amar é Preciso” e “Geral Vai no Chão”. 

 

Você recebeu muitos convidados nesse projeto. Ainda tem algum artista baiano na lista das pessoas com quem você sonha colaborar?

“Tem muitos! Ivete, com Claudinha [Leitte] eu queria muito e já gravei, quero muito gravar com ela [Ivete] ainda. Nossa agenda ainda não bateu, mas vai bater! E queria muito gravar com Xanddy do Harmonia [do Samba]. 

 

O Babado retornou de uma turnê internacional recentemente, como foi essa experiência fora do país?

Foi maravilhoso! Já estão querendo que a gente volte de novo, então até o final do ano a gente volta. Encontrei o Jacaré (veja aqui), a comunidade brasileira lá é insana, todo mundo na vontade. Eu acredito que a gente volte para o Canadá ainda esse ano e em agosto a gente já faz Europa também. 

 

E como estão os planos para o Carnaval de 2023? Muitas novidades?

Nós pretendemos colocar o Bloco UAU! mais uma vez na Avenida, porque lançamos o UAU! aqui e veio a pandemia. Foi maravilhoso, foi a primeira vez no circuito, um retorno incrível que superou as nossas expectativas de vendas, de alegria e parou. Então agora que vem o carnaval vamos colocar esse bloco de novo. Tava pretendendo vir também com um outro bloco além do UAU! aqui no circuito do Carnaval e fazer também outras cidades, que sempre tem essa demanda. Inclusive já temos alguns vários pedidos, que o povo tá na vontade (risos). 

 

E já pode adiantar qual será o figurino escolhido para a folia? 

Começamos a tocar no assunto do figurino, mas foi a primeira conversa, ainda não decidimos nada. Mas eu quero um negócio que marque, que seja um babado forte. É o retorno, né?!

 

A possibilidade de mudança do circuito Dodô (Barra-Ondina) para a Boca do Rio foi discutida entre os artistas? Como você recebeu essa novidade?

Chegou aos meus ouvidos assim: ‘Mari, e aí?’, e eu respondi: ‘e aí, eu não sei (risos)’. Eu acho que qualquer medida que for tomada será muito bem pensada. Existe uma cultura de ser na Barra e com toda aquela logística lúdica que tem naquele circuito, mas eu acredito que ninguém vai querer mudar se não for para melhor. As expectativas vão ser sempre as melhores, então que seja feita de uma forma responsável. O que importa é eu estar em cima desse trio rasgando tudo (risos). 

 

Antes do Carnaval ainda podemos esperar novidades da Babado Novo?  

Até dezembro a gente tem muita música para lançar com as cápsulas do projeto audiovisual de ‘20 Anos da Babado’. Então música vai ter o tempo todo, mas como eu sou uma pessoa que já me conheço e invento coisa demais, acho que até dezembro já vou inventar diversas outras coisas além desse DVD. Mas a cada mês a gente pretende vir com uma novidade. A programação de lançamento é um single inédito, depois um EP com cinco músicas, depois mais single inédito e ainda vamos ter Gabily, depois Felipe Pezzoni e Durval.