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Entrevista

Marcelo Brito fala sobre Salvador Fest, esclarece fim de parceria com Tomate e revela que 'Léo Santana e Parangolé' pode se tornar duas marcas

Por Rafael Albuquerque

Marcelo Brito fala sobre Salvador Fest, esclarece fim de parceria com Tomate e revela que 'Léo Santana e Parangolé' pode se tornar duas marcas
Fotos: Roberta Viscard / Bahia Notícias
Em sua nona edição, o Salvador Fest se firma como um dos maiores eventos privados voltados ao público popular no Brasil. Com foco no pagode, a festa traz há alguns anos o axé e o arrocha em sua grade. Esse ano, a grande novidade é a participação de Ivete Sangalo, que além de principal atração é a garota-propaganda da "maior festa de camisa colorida do mundo". Para falar dessas e de outras novidades, Marcelo Brito, sócio da Salvador Produções, concedeu entrevista à Coluna Holofote. Na oportunidade, Brito também esclareceu o racha entre o cantor Tomate e a produtora e disparou sobre uma possível carreira solo de Léo Santana: “A gente pode ter futuramente, lá na frente, dois produtos, mas isso não está sendo pensado por agora”. Confira a entrevista na íntegra abaixo!
Coluna Holofote: Marcelo, há alguns anos o Salvador Fest vem apostando em grandes nomes do axé para essa festa que começou só com pagode. Mas como foi que surgiu o nome de Ivete para essa edição?
Marcelo Brito: Na verdade existe essa tendência no mercado nacional da mistura de ritmos. Hoje, o baiano é totalmente eclético musicalmente. A gente também trabalha muito com pesquisa e ficou provado que o nome de Ivete vinha encabeçando. Então, no primeiro ano entrou o Asa. No segundo, com dois dias de evento, teve Asa com Tomate e Banda Eva com Timbalada, e ano passado a gente colocou Chiclete com Banana e Tomate. E esse ano chegou a hora da maior estrela do Brasil. A gente conseguiu fazer uma boa parceria e esse ano Ivete está lá na grade do Salvador Fest.

CH: Como foi feito o convite? Seguiu o trâmite das produtoras ou foi feito pessoalmente a ela?
MB:
A gente tem um bom relacionamento com todas as produtoras de Salvador. Então, os empresários se relacionam muito bem. A gente acabou almoçando e falamos que queríamos Ivete lá no Salvador Fest. Eles disseram que queriam tocar. Acaba que é uma parceria de sucesso para os dois lados e aconteceu naturalmente.

CH: Além de ser a principal atração, Ivete é garota-propaganda do evento e sua empresa, a Axé Mix, assina o Camarote Glamour. A cantora é sócia do evento?
MB:
Não, não. Tem a parceira com a Axé Mix no evento todo, mas o foco maior é no camarote. Essa parceria está sendo muito produtiva e bacana para os dois lados.

CH: Qual o diferencial do Camarote Glamour?
MB:
Ele é um camarote voltado totalmente para o serviço de alta qualidade. Ele vai ter uma entrada por Itapoã com acesso exclusivo. Aliás, as pessoas que comprarem esse camarote vão ter um estacionamento diferenciado, exclusivo, sem precisar pagar ticket. A gente está oferecendo serviço de qualidade para poder a um público de Salvador que tem muito interesse de ir ao evento, mas que antes não tinha esse serviço à disposição. Lá vai ter uísque, vodka e visibilidade bacana. Fizemos uma parceria com a Bololô, que é uma festa que atrai muita gente bonita. Isso tudo fortalece o evento. Hoje temos que firmar parcerias para ter retorno para os dois lados.

CH: A gente está em uma época onde eventos renomados deixaram de acontecer, a exemplo do Bonfim Light e Sauípe Fest. Diante disso, como a Salvador Produções viabilizou o Salvador Fest com esses artistas de renome nacional e internacional?
MB:
A gente está na 9ª edição e o Salvador Fest é um evento muito natural, onde o povo que decide. Então, já é uma coisa da cidade, o povo baiano abraçou o evento. A gente trabalha muito com pesquisa, procura saber qual artista o povo que e por isso a gente faz uma grade grande, com diversos artistas, para atender a todos os gostos, a todas as idades. O Salvador Fest é uma coisa inexplicável. O baiano gosta, abraça e faz o povo feliz.

CH: O Salvador Fest é uma festa bastante popular. Mas nos últimos anos foi inserido o axé no evento. Há uma tentativa de atrair um público diferente para o evento?
MB:
Sem dúvidas. A democracia está nisso. Nós atendemos o povão, a nossa massa. Mas a galerinha também quer ir. Então temos a pista com o palco do Pagode e Funk, temos o camarote normal, temos o Camarote Glamour. Hoje temos que nos preocupar com esses detalhes. Atender a todo o público e isso é o mais importante para nós que produzimos o evento.

CH: A gente percebe o sertanejo dominando vários eventos no Brasil. Como a Salvador Produções avalia essa tendência e o que a empresa está preparando para o 2º semestre desse ano?
MB:
Coincidentemente, nessa última semana fechamos várias coisas bacanas para o segundo semestre. Por exemplo, uma grande banda de forró que tocou recentemente no Forró das Antigas está querendo gravar um DVD em Salvador. Estão, estamos sentando pra acertar todos os detalhes do evento. Isso a gente acaba construindo no dia-a-dia. Posso dizer que vai ter muita coisa bacana ainda esse ano, como a Chopada de Medicina, que pela primeira vez vai receber o Aviões do Forró no palco. No final do ano, no dia 24 de novembro, estamos trazendo a banda Revelação para lançar aquele DVD 360º no formato como foi gravado. Tem muita coisa legal e em breve a gente vai anunciar pra vocês.

CH: Muito se falou sobre uma possível saída de Léo Santana da banda Parangolé por causa da mudança de nome do grupo. O que de fato aconteceu para que houvesse essa modificação e qual foi a estratégia da Salvador Produções para dar essa nova cara ao grupo?
MB:
Cara, isso foi muito natural. Por exemplo, a gente percebia que os locutores de palco não anunciavam mais o Parangolé, mas sim Léo Santana e Parangolé. O Léo é um grande artista, cresceu musicalmente e como pessoa e a gente entendeu que era hora de começar o processo de carreira solo. Mas a banda é a mesma. Agora, a gente não quis desvincular o nome Parangolé, pois foi a marca quem elevou o nome de Léo Santana e que deu visibilidade à Salvador Produções. A gente entendeu que poderia juntar as duas marcas, o nome Léo Santana e a marca Parangolé. Estamos tendo um êxito fantástico, pois as pessoas gostam. Consequentemente a gente pode ter futuramente, lá na frente, dois produtos, mas isso não está sendo pensado por agora.

CH: Existe contrato de quanto tempo de Léo Santana com o Parangolé?
MB:
Olha, o contrato é uma coisa que a gente não gosta de falar. Mas tá tudo tranquilo, confiamos muito em Léo. A gente pensa junto, planeja junto. Agora mesmo vamos lançar CD e esse lance do contrato não é motivo de preocupação nem da parte dele nem da nossa parte.

CH: E com relação a Tomate, ainda faz parte da Salvador Produções?

 MB: Não faz mais. Tomate é um artista de performance fantástica. A gente tem um carinho especial por Tomate. Quem cuida muito disso é meu sócio, Wilsinho Kraychette, mas posso dizer que houve divergência de pensamentos. Eles conversaram e decidimos que vamos nos afastar do processo e Tomate continua com sua carreira solo. Mas não existe nada de briga e confusão, pois temos muito por Tomate.
 
CH: Então ele continua na Penteventos?
 MB: Na verdade, ele sempre esteve. A gente tinha uma parceria com ele, mas estamos saindo e ele continua na Penteventos.

CH: Para finalizar, chama a galera pra curtir o Salvador Fest 2013.
MB:
Ah, quem for pode esperar total dedicação da Salvador Produções, muita preocupação com os detalhes. Temos expectativa de mais de 60 mil pessoas e por isso já tivemos
 reunião com a Polícia Militar par ajustar o quesito segurança, que é nossa prioridade. Isso sem falar na qualidade de som, de luz e das atrações. É uma festa única que o povo de Salvador abraçou.