
Quem nunca passou pela fase de querer uma mordidinha de vampiro, e viver para sempre com seu amor?
Com certeza qualquer fã da saga Crepúsculo (2008) queria um Edward Collen na sua vida. Mas isso só era válido para aqueles que gostam de meninos, e para quem gosta de meninas, fica como?
A Netflix resolveu esse problema, quando lançou na sexta (10), criada por V. E. Schwab que se inspirou em seu próprio livro, com o mesmo nome, publicado em 2020. a série Primeira Morte, que conta a história de Juliette (Sarah Catherine Hook) e Calíope (Imani Lewis), duas jovens adolescentes que acabam se apaixonando uma pela outra, e resolvem dar uns leves “amassos” dentro da despensa, e às vezes os amassos podem levar a dois caminhos: ou a segunda instância, ou receber uma estaca no peito da sua crush.
É aquela coisa “ todo mundo trai todo mundo”.
Essa não é uma típica história de amor entre um casal de garotas, e sim um romance entre a filha de uma linhagem de caçadores, com a filha de uma linhagem de vampiros imaculados. E as duas se vêem completamente desorientadas com essa descoberta, e sem saber onde está sua lealdade: a si mesma ou a família. Afinal, a família de Calíope acredita que monstros são monstros, e às vezes eles se parecem com humanos e podem muito bem fingirem ser um, e quando você menos espera, ele mata, faz um churrasco e come toda sua família.
E nisso temos a Juliette uma jovem vampira que não quer cometer sua Primeira Morte, pois seu senso moral acredita que aquilo é errado, mesmo que sua família considere aquilo como uma coisa, tipo tomar um suquinho ali na esquina, só que de graça.
Primeira Morte tem elementos que relembram Teen Wolf (2011), desde alguns efeitos práticos até os visuais. Porém em alguns momentos os efeitos visuais deixam a desejar, principalmente quando há alguns monstros feitos de CGI que estragaram uma cena - não apenas uma, várias delas. Acredito que foi preguiça dos produtores irem atrás de bons maquiadores. E se não isso, não custava muito colocar umas garras e presas para fazer um lobisomem - que poderia ter sido muito boa.
Fora que em alguns momentos da história tem cenas que acabam perdendo um pouco o contexto, e só estão ali para prolongar o tempo do episódio, porque de resolver, não resolvem, são mais enrolados que meu cabelo.
Existem alguns - quase todos - episódios que sofreram furos e outros que não tiveram uma resolução, nos episódios posteriores, - devem ter perdido o roteiro no meio do cenário durante a gravação - muito menos do final.
Uma escolha interessante na história foi trazer protagonistas pretos, como a Calíope, o Ben - que é um secundário - e a sua família. Também temos presença ativa da voz feminina, pois o que geralmente se vê em muitos filmes, é que as decisões da família sempre foram de ordem patriarcal, e aqui não, as mães têm a decisões finais da casa, fora que ambas sabem que suas filhas gostam de garotas, o único problema nisso tudo é que as mamães não acham certo, essa coisa de beijar o próprio inimigo.
É coisa de adolescente, por isso que Romeu e Julieta não sobreviveram para contar história.
Outro ponto importante: Se vai fazer plot twist, faça ele ter lógica, pois apenas dois deles se salvam, os outros se perderam totalmente - como o roteiro.
E uma coisa que em Amanhecer (2011), da saga Crepúsculo deixou a desejar, e aqui não, foi a questão de vampiros de outros cantos do mundo. Pois enquanto no Brasil os vampiros foram representados como indígenas, em Primeira Morte, existem vampiros árabes, turcos e entre outros, como plano de fundo, o que trouxe elementos a mais no episódio 2.
A série é interessante, por enquanto só tem 8 episódios, é uma boa escolha para quem gosta de relembrar séries teen, e está cansado dos casais de Romeu & Julieta e querem mais Julietas com Julietas, e Romeus com Romeus. acompanhados por uma dose de zumbis, e com mais pessoas dispostas a dar sangue para beber em taças, do que doá-los para pessoas que precisam dele para sobreviver.
Se bem que…Nesse caso ambos servem para isso.
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