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Coluna BBBN: A política entrou na casa e o reality virou caso de polícia

Por Ian Meneses

Coluna BBBN: A política entrou na casa e o reality virou caso de polícia
Foto: Reprodução / Gshow

Talvez tenha sido a intenção pelo modo de pensar de alguns, mas os escolhidos foram muito mal selecionados. Eu sinto uma enorme decepção com os participantes do grupinho do camarote. Não são vilões como gostaríamos de ver, por eles sentirem medo de serem o que queriam ser por lá. Não brigam, não explodem, não perdem a cabeça. Estão todos, ou quase todos, milimetricamente atentos a sua postura. Eles, porém, acham que falar baixinho ou falar com serenidade o que pensam vão trazer menos impacto, não é bem assim. 

 

Infelizmente a polarização política virou mais um participante na casa, poderia considerar até como um monstro. As pessoas não se odeiam o suficiente, mas se estranham por opiniões que no fundo, no fundo, ganham a segmentação política que se formou no país. 

 

De um lado aqueles que falam o que acham certo e depois argumentam que é sua opinião. Do outro, aqueles que tentam corrigir, mas saem como antipáticos por alguns, por não desistirem em querer mudar o que está errado. 

 

Não gostar de afeminados, achar que religião de matriz africana é do mal, fazer comentários racistas não é opinião. É ignorância, é intolerância. E o pior de tudo, aqui fora, esses participantes que demonstram ser assim, ganham força pelos seus iguais. Iguais estes que eu me pergunto: porque estão assistindo um reality de uma TV que tanto abominam, AGORA? Tudo bem, eu sei que vocês assistem o que querem e quando querem…

 

 

Pois então, as pessoas não são bobinhas, não são inocentes, não são sem noção porque nasceram assim e “ó como ela é tão engraçadinha por falar isso e não pensar no que ela disse…”. Para que tá feio. Muito feio. Tão feio que, por exemplo, a própria Paula tem consciência do que diz, mas como ela é bem espertinha e nada bobinha, minimiza a situação como deboche, não é deboche, nem mimimi. Desde quando nasci nunca vi cor de pele ser tratada como deboche.

 

 

O reality ter virado caso de polícia não cabia a Vanderson, até porque o que ele estava sendo acusado ele teria cometido fora dali, mas as condutas polêmicas editadas e cortadas do programa da TV aberta, sobre as acusações de racismo e injúria, é a confirmação de que essa edição merece recorde de expulsões. O caso, levado pelo telespectador raiz até a polícia, teve inquérito aberto e está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro (relembre aqui). 

 

Mais uma vez, a Gaiola mostrou no jogo da discórdia desta segunda-feira (11) como eles estão com uma ótima perspectiva de visão de jogo aqui fora. Desta vez, quem fez a análise certeira foi o carioca Danrley. Ao escolher Maycon, um dos polêmicos participantes da edição, como pessoa que não estaria na final do BBB 19, Danrley expôs na TV aberta e ao vivo, o que muitos não estão vendo por simples seletividade. “Maycon fala de alguns temas que não sei como pode bater lá fora, ainda mais no momento político que vivemos. Pode pegar mal pra ele…”. 

 

 

É desestimulante você acompanhar 18 edições de um programa e ver a 19ª com candidatos estranhos ganhando cada vez mais força pelas atitude repudiáveis. Ver numa votação aberta, como no UOL, Diego ter a mesma porcentagem que Alan e perceber que a torcida de Paula está cada vez mais empenhada em dar o prêmio a uma pessoa que sabe do que fala e sabe que é perverso, que é feio. Telespectador raiz, vamos impedir isso. 

 

Fique com este maravilhoso gif da icônica Angélica Ramos, do BBB 15. É exatamente o que eu sinto quando vejo Maycon prometer alguma coisa.