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Marca Bahia Notícias

Notícia

Água Santa ameaça entrar na Justiça por vaga na elite do Paulista

Por Alex Sabino | Folhapress

Água Santa ameaça entrar na Justiça por vaga na elite do Paulista
Foto: Michel Sanches / Água Santa

O presidente do Água Santa, Paulo Sirqueira, passou os últimos dias reunido com advogados especializados em direito desportivo. Ele se prepara para entrar na Justiça (Desportiva ou comum, se preciso) para ver sua equipe na primeira divisão do Campeonato Paulista de 2020.

Pelas regras da Fifa, clubes que disputam torneios profissionais não podem apelar à Justiça comum sob pena de serem excluídos. Mas Sirqueira afirma que a opção é uma das analisadas.

"Estou esperando para ver o que vamos fazer. Não sei se na [Justiça] comum. É possível. Vamos esperar. Estão tentando burlar o acesso dentro de campo com uma manobra", se queixa.

A briga pode acontecer por causa da vaga do Red Bull na elite do Campeonato Paulista em 2020. A empresa fez acordo com o Bragantino por R$ 45 milhões, assumiu o comando do clube e o renomeou para RB Bragantino. Ficou com a vaga na Série B do Campeonato Brasileiro, o que era um objetivo antigo da empresa multinacional austríaca. 

Como o Bragantino também está na Série A1 do Paulista, resta saber o que vai acontecer com a vaga do Red Bull. A ideia é vender a equipe para outra empresa. Se isso não acontecer, o time com sede em Campinas pode ser fechado.

O Red Bull recebeu sondagens e há conversas com dirigentes da divisão esportiva da companhia.

"Eles [do Red Bull] falam que fizeram parceria com o Bragantino, mas não é parceria coisa nenhuma. Foi venda. Agora fazem manobras para vender o CNPJ do Red Bull. Há uma circular da Fifa que diz que os times devem ser beneficiados por suas campanhas em campo, não por meio de uma manobra nos bastidores", completa Sirqueira.

A reclamação dele é que o Red Bull não pode ser vendido, ter outro nome, outro dono e entrar direto na elite do futebol paulista, na Copa do Brasil e na Série D do Brasileiro.

Para Sirqueira, a vaga do Red Bull tem de ser do terceiro colocado da Série A2 do Paulista deste ano, no caso, o Água Santa.

Ele usa como argumento a circular 1.132 publicada pela Fifa em dezembro de 2007. Esta diz que a entidade está comprometida em prevenir todos os métodos e práticas que ameaçam a integridade de jogos ou competições ou possibilitem excessos de associações nacionais.

"O Red Bull burlou a lei brasileira para chegar à Série B do Campeonato Brasileiro", acusa o presidente do Água Santa.

O Red Bull não quis se pronunciar sobre o assunto, mas é certo que a empresa não manterá duas equipes no Paulista do próximo ano. 

Consultada, a FPF (Federação Paulista de Futebol) também preferiu não se manifestar. A reportagem apurou que a entidade não vê qualquer problema em manter a vaga com o novo dono do Red Bull, caso o clube seja vendido. Neste caso, o que importaria seria a manutenção do CNPJ, mesmo com outro nome. A Federação encararia como uma mera troca de gestão.

Por temer isso que Paulo Sirqueira planeja entrar na Justiça. Mas qualquer medida, segundo ele, só será tomada quando a FPF anunciar a composição da Série A1 do estadual de 2020. 

Dono da melhor campanha da segunda divisão deste ano, o Água Santa caiu na semifinal. Santo André e Internacional de Limeira subiram.