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Quatro anos depois de deixar sombra de Messi, Neymar o acolhe no PSG

Por Adalberto Leister Filho | Folhapress

Quatro anos depois de deixar sombra de Messi, Neymar o acolhe no PSG
Foto: Divulgação / FC Barcelona

Quando se tornou o homem mais caro da história do futebol e trocou o Barcelona pelo Paris Saint-Germain, em 2017, Neymar abraçou o desafio de se tornar também o melhor jogador do mundo.
 

Quatro anos depois, ele acolhe o velho companheiro Lionel Messi, em uma tentativa -da parte dos dois- de reviver momentos mais felizes do que os experimentados nos últimos anos.
 

Os amigos agora estão reunidos no PSG, que anunciou nesta terça-feira (10) a contratação do argentino de 34 anos. Neymar seguirá utilizando a camisa 10, e Messi, recém-chegado, vestirá a 30, número que usou em seu início de carreira no Barcelona.
 

"Juntos novamente", publicou o brasileiro no Instagram pouco antes do anúncio oficial do Paris Saint-Germain.
 

"Estou ansioso para começar um novo capítulo da minha carreira em Paris. O clube e sua visão estão em perfeita harmonia com minhas ambições. Sei o quão talentosos são os jogadores e o estafe aqui. Estou determinado a construir, junto deles, algo grandioso para o clube e para os fãs. Não vejo a hora de pisar no gramado do Parque dos Príncipes", disse o argentino ao site oficial do PSG.
 

O Barcelona, clube no qual Messi chegou aos 13 anos, não teria condições de manter o craque na folha de pagamento. Isso porque as regras financeiras do futebol espanhol estabelecem um limite de gastos com salários, de acordo com o arrecadado pela agremiação na última temporada.
 

Por conta das quedas de receita com a pandemia, quando os estádios permaneceram fechados aos torcedores e o futebol chegou a ficar paralisado, o time da Catalunha não teve condição de segurar seu maior ídolo, mesmo com o argentino disposto a cortar o salário pela metade.
 

Com isso, Messi e Neymar irão reeditar uma parceria que representou o momento mais produtivo de suas carreiras (especialmente a do brasileiro), com conquistas coletivas expressivas e números individuais impressionantes. Foram oito títulos em quatro temporadas atuando juntos, incluindo a Champions League de 2014/2015.
 

Enquanto teve Neymar como parceiro de ataque no Barcelona, Messi marcou um total de 194 gols e deu 91 assistências. De 2013/2014 a 2016/2017, quando atuou com o brasileiro, o argentino conseguiu uma média de 48,5 gols e 22,8 assistências por temporada. Os números são do site Transfermarkt e se referem apenas a jogos oficiais.
 

Com Neymar no Barcelona, Messi participou, em média, de 1,39 gol por partida da equipe catalã, entre bolas na rede e assistências.
 

Nunca fora tão efetivo antes. Nem seria depois.
 

Lionel Messi já tinha o status de principal astro do Barcelona antes da chegada de Neymar. Mas os números do argentino, embora fossem espetaculares, chegaram ao auge com o brasileiro na equipe.
 

Antes da contratação do ex-atleta do Santos, Messi já tinha marcado 313 gols em nove temporadas no Barcelona (média de 34,8 por ano). O craque tinha participação em média de 1,17 gol do Barcelona por partida.
 

É certo que a temporada mais efetiva da carreira de Messi foi a de 2011/2012, quando marcou 73 gols e deu 34 assistências -participação de 1,78 gol do Barcelona por jogo. Mas, na média, a parceria com o brasileiro ajudou o argentino a manter seus números em alta.
 

Depois da saída de Neymar, Messi não manteve a mesma produtividade. Nas quatro temporadas seguintes, marcou menos gols (165 a 194), deu menos assistências (83 a 91) e teve participação menor nos gols do clube catalão (média de 1,27 gol por jogo).
 

Sem Neymar, Messi conquistaria mais cinco títulos pelo Barcelona, porém jamais voltaria a ganhar a Champions, o principal deles. Pelo contrário: colecionou decepções, como a eliminação para o Bayern de Munique nas quartas de final da temporada 2019/2020, com goleada vexatória por 8 a 2. Após a queda, inclusive, Messi externou seu desejo de deixar o clube.
 

Neymar também teve melhor aproveitamento quando atuou ao lado de Messi. Antes da parceria com o argentino, o jogador havia marcado 70 gols pelo Santos e participado, em média, de 0,78 gol por jogo (entre bolas na rede e assistências) do time paulista.
 

No Barcelona, embora tenha obtido números mais modestos na primeira temporada, o que pode ser creditado à adaptação, Neymar subiria de patamar em seguida. Foram 105 gols e 76 assistências nos quatro anos em que atuou pelo clube espanhol. Na média, o brasileiro participou de 0,97 gol por partida com a camisa do Barça.
 

A ideia de Neymar ao deixar a carreira vencedora no Barcelona para trás foi sair da sombra de Messi. O brasileiro ambicionava levar o PSG ao primeiro título europeu da história do clube. Isso o ajudaria a ganhar o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo. Não conseguiu sucesso em nenhum dos planos.
 

Com a camisa do time francês, Neymar assumiu um protagonismo que não tinha no Barcelona. No entanto, após quatro temporadas, marcou menos gols (87 a 105), deu menos assistências (52 a 76) e, atrapalhado por lesões, atuou em menos jogos (116 a 186). Quando esteve em campo, porém, foi mais efetivo na média: participou de 1,19 gol por partida do PSG.
 

Na luta por seus objetivos, Neymar chegou perto do título da Champions na temporada 2019/2020, quando ajudou o PSG a se classificar para a final. Mas, na decisão, disputada em Lisboa, o time francês acabou derrotado pelo Bayern de Munique, por 1 a 0.
 

Com Messi e Mbappé, além de reforços de peso como o goleiro Donnarumma, o lateral Hakimi, o zagueiro Sergio Ramos e o volante Wijnaldum, a meta é finalmente levar o PSG ao ambicionado título da Champions League. Mas, com tantas estrelas no elenco, será mais difícil para Neymar se sobressair e conquistar o prêmio da Fifa.