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Mostramos que temos responsabilidade, diz 4ª integrante do Brasil na abertura dos Jogos

Por Camila Mattoso | Folhapress

Mostramos que temos responsabilidade, diz 4ª integrante do Brasil na abertura dos Jogos
Foto: Divulgação / COB

A delegação brasileira terminará neste domingo (8) sua participação nos Jogos de Tóquio com recordes históricos e outra marca a celebrar: não houve nenhuma contaminação por Covid-19 entre membros do Time Brasil durante a competição, realizada em meio à pandemia.
 

A cerimônia de abertura com apenas quatro pessoas do país no desfile será uma das imagens que ficarão na memória dessa edição das Olimpíadas. Enquanto outros países entraram com dezenas de participantes, os escolhidos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) foram a judoca Ketleyn Quadros, o levantador Bruninho e o chefe da missão do Brasil em Tóquio, Marco La Porta.
 

A quarta integrante do desfile foi Joyce Ardies, 35, gerente de jogos e operações internacionais do COB. Para ela, a cerimônia mostrou a responsabilidade da delegação com os cuidados contra o coronavírus.
 

"Mostrou seriedade. As pessoas entenderam o motivo pelo qual a gente tomou essa decisão. O foco sempre foram os atletas, mas também foi em razão do que o Brasil está passando. Passou pela análise de risco médico e também foi uma mensagem positiva para todo o país", afirmou ela à reportagem.
 

Dessa maneira, a imagem do Brasil em Tóquio destoou das posições defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro, que vem negando a crise sanitária desde o início da pandemia de Covid-19. Responsável por cuidar da logística de quase tudo que envolve o COB em missões internacionais, Joyce foi escolhida para formar o quarteto que representou todos os demais colaboradores da entidade.
 

"Todas essas pessoas são gente como a gente. Pessoas que se doaram para fazer tudo acontecer. Fiquei toda emocionada com o convite, pensando em todos os desafios que passamos para chegar aqui", afirmou. "Foi choradeira para tudo que era lado. Quando entrei no estádio, desabei", acrescentou, lembrando que minutos antes a judoca e o levantador decidiram como seria a "sambadinha" do desfile.
 

De 2018 a 2021, o setor comandado por Joyce transportou 17 contêineres para o Japão, com materiais da prova da vela, pisos comprados na China para o handebol, máquinas de lavar e equipamentos de academia. "A gente montou as academias, por exemplo. Com chave de fenda. São muitas histórias de bastidores que muitas vezes não são contadas. Mas o que importa é o atleta chegar e estar tudo ali."
 

No COB desde 2013, Joyce gostava de praticar diferentes esportes na infância. Depois, passou a se dedicar ao tênis, sem que tenha conseguido seguir a carreira profissional. Coincidências da vida, em 2021 a modalidade ficou marcada de vez em sua vida. Foi do setor do qual é responsável que saíram as providências de última hora para garantir que a dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi chegasse ao Japão.
 

As duas foram credenciadas a uma semana da abertura oficial dos Jogos. Laura estava em um torneio no Cazaquistão, e Luisa, nos Estados Unidos. A dupla foi uma das maiores surpresas das Olimpíadas, ganhou de virada o último jogo e levou a primeira medalha olímpica do tênis brasileiro, de bronze.