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Passarelas de Milão começam com releitura do romantismo para criar imagem de poder

Por Pedro Diniz | Folhapress

Passarelas de Milão começam com releitura do romantismo para criar imagem de poder
Foto: Getty Images / PurePeople

Uma das grandes tendências da moda nos últimos três anos é a interseção dos armários masculino e feminino, a moda dita sem gênero. Mas Milão, a capital do sexy de butique, começou sua temporada de verão 2019, na terça-feira (19), dizendo ao mundo que a moda para elas ainda é terreno mais prolífico do que as formas simples dessa corrente "genderless".

Uma ode à feminilidade do passado com viés urbano encheu a passarela da grife Alberta Ferretti. Parcas gigantes e jaquetas jeans de cores doces, do azul bebê ao rosa claro que já domina as apostas da estação, se misturaram a vestidos de renda, camisas rendadas e babados posicionados pelos punhos e colos.

 


A estética da lingerie, uma aposta que já dura um ano nas passarelas, permanece em blusas finas acetinadas como contraponto aos itens mais pesados, a exemplo das calças cargo amarradas com laço na cintura.

Quase como um militar romântico, peças cáqui permearam o desfile, a marca criou um ideal de sensualidade urbana, repleta de transparências e roupas versáteis para o dia dia. Por mais doces que possam parecer as propostas desse início de temporada milanesa, há uma tentativa de desestabilizar a imagem inocente do romantismo fashion.

Etiqueta querida entre mulheres de meia idade, a Max Mara oferece um conceito de amazona moderna, com variações de trench coats e peças preenchidas por poás que, combinadas, transmitem uma imagem contemporânea do glamour aristocrático.

 


Camisas de tons sóbrios, do oliva ao marinho, são costuradas com as laterais plissadas. Vestidos soltos com tronco forrado por esses mesmos detalhes plissados parecem saídos do guarda-roupa formal de um homem do período romântico. Bermudas na altura dos joelhos sobrepostas a meias ajudam a criar essa impressão de look do universo masculino antigo.

Segundo a marca, é uma resposta à visão "machocêntrica" que muitas mulheres tiveram de assumir para se posicionarem como seres pensantes.

Assim, a Max Mara dá verniz masculino à roupa feminina, e não cai na mesmice do oposto, que é a feminilização da roupa dos homens como a maioria das marcas de visual clássico prefere fazer.