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UE recomenda que países retomem conexões essenciais com o Reino Unido

Por Folhapress

UE recomenda que países retomem conexões essenciais com o Reino Unido
Foto: Reprodução / DW

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, recomendou nesta terça-feira (22) que os países do bloco retomem as conexões com o Reino Unido para viagens essenciais e que busquem formas de evitar a ruptura nas redes de abastecimento.

A recomendação será examinada ainda nesta terça pelos países-membros. Se adotada, a medida permitiria a milhares de cidadãos da UE e do Reino Unido retornarem para suas casas.

Os países do bloco têm a última palavra sobre o controle de suas fronteiras. Eles estão dispostos a receber seus cidadãos presos no Reino Unido, mas querem impedir qualquer viagem que não seja essencial.

Desde domingo (20), mais de 40 países, de vários continentes, suspenderam as conexões aéreas, ferroviárias e marítimas com o Reino Unido por causa da proliferação de uma nova mutação do coronavírus, que tem se mostrado com maior poder de contágio.

A lista de países que vetaram viagens vindas do território britânico inclui, entre outros países, Alemanha, Argentina, França, Espanha, Índia e Portugal. O Brasil, até agora, não colocou restrições, embora governadores defendam que isso seja feito.

Nesta terça, a Hungria baniu a entrada de voos de passageiros vindos do Reino Unido, até 8 de fevereiro. E a China suspendeu a emissão de vistos em Londres, embora ainda esteja aceitando voos vindos do país, exceto na região de Hong Kong.

A circulação de mercadorias entre França e Reino Unido foi bastante afetada, já que Paris fechou completamente as fronteiras.

Há quilômetros de engarrafamentos de caminhões de carga no sul da Inglaterra. No entanto, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu na segunda-feira (21) que não haveria problemas de abastecimento.

A UE busca uma reabertura coordenada das fronteiras, de acordo com uma fonte diplomática europeia ouvida pela agência de notícias AFP, com retornos pontuais de passageiros e caminhoneiros bloqueados.

Diante do alarme provocado pela nova mutação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) buscou transmitir uma mensagem de tranquilidade na segunda-feira e afirmou que a nova variação "não está fora de controle", como havia declarado o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.

"Não há evidência sólida de que este vírus seja mais transmissível, [mas] há indícios claros de que está mais presente entre a população", disse Moncef Slaoui, assessor do programa de vacinação nos Estados Unidos.

O bloqueio a viajantes do Reino Unido ocorre perto de duas datas importantes no continente. No domingo (27), deve começar a campanha de vacinação contra o coronavírus nos países da União Europeia.

E, no dia 31, termina o período de transição após o brexit. O Reino Unido saiu da União Europeia em janeiro, mas houve um acordo para manter as regras de comércio anteriores até o fim de 2020. No entanto, até agora não foi fechado um acerto para definir como ficam essas regras a partir de 1º de janeiro.

De acordo com a AFP, as negociações registraram alguns avanços nos últimos dias, mas continuam bloqueadas em torno da exigência europeia de continuar pescando nas águas britânicas. A questão tem pouco peso econômico, mas se transformou em uma batalha política para ambos os lados do Canal da Mancha.

O premiê Boris segue dizendo que o prazo não será estendido, e que não descarta uma ruptura sem acordo. "Podemos enfrentar qualquer dificuldade em nosso caminho", garantiu.

Se as duas partes chegarem a um acordo de última hora nesta ou na próxima semana, este deverá ser aplicado provisoriamente, e sem validação. Caso contrário, haverá alguns dias de espera para que as Câmaras dos dois lados se reúnam e aprovem um texto de 700 páginas repleto de detalhes técnicos.

Sem acordo, o comércio entre a UE e o Reino Unido passará a ser regido pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).Isso envolverá tarifas, taxas e trâmites burocráticos pesados, que podem provocar enormes congestionamentos nos portos e atrasos nas entregas, uma situação parecida com a qual os britânicos vivem agora devido ao fechamento das fronteiras pela pandemia.