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Bruno Reis leva a melhor em duelo com PDT, mas deve ter cuidado com confiança excessiva

Por Fernando Duarte

Bruno Reis leva a melhor em duelo com PDT, mas deve ter cuidado com confiança excessiva
Foto: Bahia Notícias

Mesmo que os envolvidos neguem, há uma tendência de que o PDT vai compor a chapa de Bruno Reis (DEM) com a vaga de vice na disputa pela prefeitura de Salvador no próximo mês de novembro. A decisão, inclusive, deve acontecer a contragosto de alguns pedetistas, que terão que engolir a seco a estratégia que vem sendo defendida pela direção nacional, em um aceno direto para o apoio do DEM à campanha de Ciro Gomes à presidência da República em 2022. O desafio agora é evitar que esse nome dê “superpoderes” ao candidato de ACM Neto.

 

Até aqui, a assessora para assuntos gerais de Bruno Reis, Ana Paula Matos, é a mais cotada para o posto. De ajudante do ajudante, a ex-secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) de Salvador pode ser alçada à condição de vice por reunir algumas características importantes para a disputa: é mulher, é negra e é da inteira confiança do candidato a prefeito. Mesmo que não possua envergadura política ou qualquer relação com o PDT, Ana Paula acaba levando a preferência nessa.

 

Isso não impede que pedetistas tentem buscar outras opções com ao menos duas dessas características. Daí surgiu, por exemplo, o nome da atriz e dançarina Meirejane Lima. Porém, ela sequer tem o registro de filiação em dia, então caminha para ser uma cortina de fumaça para que Bruno Reis não tenha, de mão beijada, o PDT e a vaga de vice - ele, inclusive, tem certa expertise nesse uso eleitoral de um partido, vide a filiação ao então PMDB em busca da indicação para vice de ACM Neto e a saída de lá tempos depois.

 

Caso se confirme a indicação de Ana Paula Matos, outro fator a ser considerado é que o atual vice prevê um caminho relativamente confortável na disputa nas urnas. Não chega a ser um clima de “já ganhou” em virtude da escolha de uma mulher negra, para fazer frente às potenciais adversárias com maior competitividade como Olívia Santana (PCdoB), Major Denice (PT) e até mesmo Lídice da Mata (PSB). A musculatura política ausente em Ana Paula tende a ser compensada por essas duas características e, em uma corrida mais acirrada, teria mais peso do que a simples escolha pessoal.

 

Um resumo do atual desenho das alianças no grupo de ACM Neto indica que o PDT baiano terá que aceitar sem reclamar a imposição da direção nacional, que o bloquinho formado por Republicanos, MDB, PTB, SD e PSC deve lutar pela presidência da Câmara e que Geraldo Jr., tido então como um importante jogador nessa disputa, acabou perdendo o bonde da história.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (14) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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