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Reabrir shoppings e templos não é voltar ao normal - e precisamos entender isso

Por Fernando Duarte

Reabrir shoppings e templos não é voltar ao normal - e precisamos entender isso
Distanciamento social deve ser mantido | Foto: Divulgação/ Shopping Itaigara

A tão esperada reabertura das atividades em Salvador começa hoje. Após mais de quatro meses com a cidade praticamente paralisada em meio à pandemia do novo coronavírus, a população soteropolitana poderá experimentar um mínimo de normalidade possível, ainda que se limite a shoppings centers, templos religiosos e lojas com mais de 200m². Porém é preciso reforçar que essa concessão da prefeitura de Salvador não significa que estamos perto do fim da crise da Covid-19. Temos que torcer para que essa reabertura não signifique o recomeço dela.

 

É certo que há uma pressão empresarial e religiosa muito grande para que esses segmentos tenham sido contemplados na fase 1 do protocolo de reabertura. São dois grupos com grande impacto político e há tempos a prefeitura vinha ensaiando permitir que houvesse uma transição entre o fechamento praticamente absoluto e a retomada gradual das atividades. Era necessário um meio termo e uma base objetiva para atingi-lo. A gestão escolheu o percentual de ocupação dos leitos de UTI adulto e, dentro da previsão da reabertura acontecer ainda em julho, obteve sucesso no planejamento.

 

Há de se destacar que houve a redução da ocupação de leitos de UTI adulto por uma manobra artificial, a instalação de novas unidades. Não há sinal de que o coronavírus esteja com a taxa de transmissão controlada em Salvador, porém a capital baiana deu indícios de que pode lidar com o aparecimento de novos casos. Ainda assim, a taxa de crescimento, que justificou o fechamento das atividades, precisa ser acompanhada de perto, sob o risco de vermos a cidade voltando a viver sob duras restrições.

 

ACM Neto sabe dos riscos da reabertura. E conta, como já dito, com a colaboração da população para evitar que o funcionamento com limitações de shoppings e templos religiosos não gere novas ondas de contaminação. Não é a normalidade. E fingir que o “novo normal” é algo simples de executar é bem mais difícil do que parece. Por isso, para além de manter as regras de distanciamento social, é necessário que mantenhamos o máximo de cautela possível, para que não tenhamos números descontrolados de doentes – que podem culminar na sobrecarga do sistema de saúde.

 

Até aqui, Salvador e a Bahia deram bons exemplos de como lidar com uma crise sanitária inimaginável há alguns meses. E, ainda assim, já ultrapassamos ontem a marca de 3000 mil baianos mortos. Por isso é tão essencial contar com a colaboração da população. Estamos dispostos a dar a nossa parcela de contribuição?

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (24) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios A Tarde FM, Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Alternativa FM Nazaré, Valença FM e Candeias FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

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