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Marca Bahia Notícias

Notícia

Justiça absolve PMs acusados das mortes de 12 do PCC

Por Fausto Macedo | Estadão Conteúdo

A Justiça de São Paulo absolveu, sumariamente, 53 policiais militares acusados de execução de 12 pessoas numa praça de pedágio da Rodovia Castelo Branco, em março de 2002. O juiz Hélio Villaça Furukawa, da 2ª Vara Criminal de Itu (SP), julgou improcedente ação penal, em decisão de terça-feira (4). Segundo o Ministério Público do Estado, os PMs, que integravam o Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância (Gradi), se infiltraram e passaram a manter contato com integrantes de uma facção criminosa paulista para executá-los depois. A Promotoria afirmou que os policiais convidaram os criminosos para participar do roubo de um avião que desceria em Sorocaba (SP), supostamente carregando R$ 28 milhões, mas que tudo seria um plano arquitetado para matá-los numa emboscada no pedágio. No dia marcado, uma grande operação policial foi montada e os 12 suspeitos foram todos mortos. A polícia alegou que os suspeitos reagiram e deram início ao tiroteio. Na época da morte dos 12 do PCC, o secretário de Segurança Pública do Estado era o promotor de Justiça Saulo de Castro Abreu Filho. A denúncia contra os PMs que participaram da ação na Castelinho foi recebida em 11 de dezembro de 2003. Segundo a Promotoria, os PMs "se armaram fortemente e prepararam um bloqueio nas proximidades do pedágio, sendo que receberam ordens para matar todas as vítimas, não devendo sobrar viva-alma para contar história". O juiz Furukawa afirmou que as provas produzidas nos autos não foram suficientes para demonstrar a existência de indícios de que a operação foi planejada pelos acusados. O juiz assinalou que "não há elementos" para levá-los a julgamento perante o Tribunal do Júri, como pretendia a Promotoria.