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Anistia Internacional: uso das Forças Armadas pode desencadear violência

Por Roberta Pennafort | Estadão Conteúdo

Anistia Internacional: uso das Forças Armadas pode desencadear violência
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O emprego das Forças Armadas para liberar estradas ocupadas por caminhoneiros, determinado na sexta-feira (25) pelo governo Michel Temer (MDB), é "inadmissível", para a Anistia Internacional. A ONG de defesa dos direitos humanos considera o uso dos militares "extremamente preocupante". A atuação, acredita, cerceia a "liberdade de expressão e manifestação" dos grevistas e pode desencadear ações violentas. "O papel das Forças Armadas não é atuar em protestos, manifestações e greves. A liberdade de expressão e manifestação são um direito humano. As partes envolvidas em uma manifestação e as autoridades relevantes devem encontrar um caminho de negociação e uma saída pacífica para os eventuais impasses encontrados", diz nota da Anistia. "Enviar as Forças Armadas é grave erro e pode levar a uma escalada da violência. Além disso, o precedente de convocação e autorização para que as Forças Armadas atuem nacionalmente é mais um passo inadmissível no caminho da militarização da gestão das políticas públicas," afirma a diretora da Anistia no Brasil, Jurema Werneck, em nota. Temer solicitou que governadores tomem a mesma medida em seus estados, como forma de liberar a passagem nas rodovias de cargas como combustíveis e alimentos. "A Anistia Internacional reivindica que o governo federal recue na sua decisão e que os governos estaduais não lancem mão das Forças Armadas para atuar em protestos e manifestações", afirma a nota da ONG.