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Sobe para pelo menos 20 número de mortos em protestos no Irã, diz TV estatal

Por Estadão Conteúdo

Sobe para pelo menos 20 número de mortos em protestos no Irã, diz TV estatal
Foto: Picture Alliance / AA / Stringer

Mais nove pessoas morreram em meio aos protestos e distúrbios na noite dessa segunda-feira (1º) no Irã, de acordo com a televisão estatal. O mais recente balanço, divulgado nesta terça (2), eleva para pelo menos 20 o número de mortos nos seis dias de manifestações. A TV estatal disse que seis manifestantes foram mortos durante um ataque a uma delegacia na cidade de Qahdarijan. Segundo a imprensa oficial, houve confrontos quando os manifestantes tentaram roubar armas do local. Além disso, a TV estatal disse que um garoto de 11 anos e um homem de 20 foram mortos na cidade de Khomeinishahr, e que um integrante da Guarda Revolucionária, uma força paramilitar, morreu na cidade de Najafabad. Todas essas pessoas foram mortas por rifles de caça, segundo a informação oficial. As cidades ficam todas na província de Isfahan, no centro iraniano, 350 quilômetros ao sul de Teerã. A agência semioficial ILNA afirmou que 450 pessoas foram detidas nos últimos três dias em Teerã. A informação foi atribuída a Ali Asghar Nasserbakht, vice-diretor de segurança na capital. Nasserbakht disse que 200 manifestantes foram detidos no sábado (30), 150 no domingo (31) e 100 na segunda-feira. Os protestos começaram na quinta-feira (28), por questões econômicas, como a inflação, e se disseminaram por várias cidades. Não foram ainda divulgados números de prisões em todo o país. O chefe do Tribunal Revolucionário de Teerã, Mousa Ghazanfarabadi, disse nesta terça-feira que pode haver pena de morte para os manifestantes. A informação foi citada por outra agência semioficial, a Tasnim. Ghazanfarabadi também afirmou que alguns manifestantes devem ser julgados logo, por acusações como agir contra a segurança nacional e danificar propriedades públicas. Ele enfatizou que as manifestações não tinham aval do Ministério do Interior, que monitora a polícia, por isso eram ilegais. O Tribunal Revolucionário do país lida com casos que envolvem tentativas de derrubar o governo. O governo da Síria, por sua vez, demonstrou solidariedade com o Irã, diante dos protestos. Teerã tem apoiado o regime do presidente Bashar al-Assad e injetou centenas de milhões de dólares desde 2011 na economia síria. O Ministério das Relações Exteriores da Síria divulgou comunicado nesta terça-feira com críticas aos governos dos EUA e de Israel por demonstrarem apoio aos manifestantes iranianos. Damasco culpou os dois países pela desestabilização regional. A chancelaria disse ainda que a soberania do Irã deve ser respeitada e que ninguém deve se envolver em assuntos internos. "A Síria confia que a liderança do Irã, o governo e o povo serão capazes de derrotar a conspiração", afirma a nota. Fonte: Associated Press.