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Marca Bahia Notícias

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Pego no doping no Rio, brasileiro do ciclismo foi flagrado com estimulante

Por Estadão Conteúdo

Pego no doping no Rio, brasileiro do ciclismo foi flagrado com estimulante
Foto: Reprodução / Facebook / Arquivo pessoal

Kleber Ramos, do ciclismo de estrada, é o primeiro caso de doping de um brasileiro que participou dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ele foi pego em um teste realizado pela Agência Mundial Antidoping, no dia 31 de julho. Ramos competiu na Olimpíada. Mas não terminou sua prova.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi notificado e ainda aguarda uma definição final da Corte Arbitral do Esporte (CAS) para se pronunciar. O ciclista teria ingerido a substância conhecida como CERA, um agente estimulante que é uma variação mais poderosa do famoso EPO.

Ele foi um dos 19 ciclistas que a União Ciclística Internacional (UCI) acabou identificando como tendo ingerido substâncias ilegais. Além de Kleber Ramos, outros dois brasileiros fazem parte do grupo: Raphael Mesquita Mendes e Josemberg Montoya Nunes Pinho, que foram suspensos de competições. Eles, porém, não estiveram no Rio de Janeiro.

Nos últimos anos, o ciclismo brasileiro tem acumulado casos de doping. Em julho, o campeão nacional Everson de Assis foi pego com 15 substâncias proibidas. No caso de Kleber Ramos, ele já deixou a Vila Olímpica e aguarda uma definição final de seu processo. Ele tentará reduzir o período de suspensão para poder continuar a competir.

A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo apurou que o primeiro doping brasileiro foi recebido com preocupação por parte da Agência Mundial Antidoping (Wada). A entidade vinha alertando sua insatisfação com os controles brasileiros e indicou que o País passaria a ser monitorado diante das falhas apresentadas. Entre os dias 1 e 24 de julho, nenhum teste foi realizado com atletas brasileiros.

Assim que os testes passaram a ser internacionais, controlados pela Wada, o caso de Ramos logo apareceu. A entidade havia criticado o Brasil por conta da redução no número de testes de controle de doping realizados em atletas nacionais, antes dos Jogos Olímpicos.

Depois de realizar em média 370 testes por mês em atletas, o número caiu para apenas 110 em julho, às vésperas dos Jogos. Uma carta foi enviada pela WADA ao Ministério do Esporte no final de julho para se queixar. Agora, a entidade alerta terá de passar a controlar de forma intensa o laboratório do Rio de Janeiro e a política nacional de combate ao doping.