O PCdoB j&aacute; d&aacute; sinais de que pode abrir m&atilde;o da pr&eacute;-candidatura de Manuela D&#39;&Aacute;vila &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. A legenda avalia apoiar outro nome, como o do presidenci&aacute;vel Ciro Gomes (PDT), e lan&ccedil;ar Manuela ao governo do Rio Grande do Sul.&nbsp;O l&iacute;der do PCdoB na C&acirc;mara, deputado Orlando Silva (SP), afirmou que o partido conversa e se identifica com Ciro, apesar de manter a pr&eacute;-candidatura de Manuela, e que aceita reavaliar o quadro em plena campanha eleitoral se houver o risco de nenhum presidenci&aacute;vel de esquerda chegar ao segundo turno da elei&ccedil;&atilde;o presidencial.&nbsp;&quot;Se, durante o curso da campanha eleitoral, ficar claro o risco de duas candidaturas conservadoras no segundo turno, inevitavelmente a esquerda vai ser obrigada a avaliar a revis&atilde;o da t&aacute;tica e eventualmente se concentrar em turno de um nome&quot;, disse Orlando Silva, em coletiva de imprensa na capital paulista. &quot;Se houver o risco, seria insano se a esquerda n&atilde;o examinasse a hip&oacute;tese de constru&ccedil;&atilde;o de uma unidade.&quot;&nbsp;H&aacute; duas semanas, Ciro e Manuela se encontraram e conversaram sobre o cen&aacute;rio eleitoral. O presidenci&aacute;vel do PDT, disse o parlamentar, tem uma avalia&ccedil;&atilde;o correta das situa&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;mica e pol&iacute;tica do Brasil. &quot;N&atilde;o temos nenhum motivo para retirar a candidatura da Manuela, mas vamos conversar bastante com o Ciro&quot;, declarou.&nbsp;O deputado avalia que, com base no cen&aacute;rio atual, a campanha no primeiro turno ficar&aacute; pulverizada em candidaturas pr&oacute;prias de PT, PDT, PCdoB e PSOL. Silva foi um dos deputados que visitaram o ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva na pris&atilde;o, em Curitiba, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira, 29. &quot;Senti o presidente Lula embalado e o PT est&aacute; muito embalado com a ideia de ter uma candidatura do PT&quot;, disse.&nbsp;A estrat&eacute;gia atual do PCdoB, disse Silva, &eacute; lan&ccedil;ar Manuela para garantir uma boa quantidade de votos &agrave; C&acirc;mara e ao Senado, superando a cl&aacute;usula de desempenho. No segundo turno, garante, os partido de esquerda &quot;v&atilde;o se encontrar&quot;.

O DEM come&ccedil;ou a discutir um &quot;plano B&quot; para as elei&ccedil;&otilde;es ao governo da Bahia, quarto maior col&eacute;gio eleitoral do Pa&iacute;s, com 10,7 milh&otilde;es de eleitores. Nome mais forte do partido para a disputa, o atual prefeito de Salvador, Ant&ocirc;nio Carlos Magalh&atilde;es Neto, o ACM Neto, de 39 anos, sinalizou que pode n&atilde;o concorrer e, por isso, a legenda e o pr&oacute;prio chefe do Executivo municipal passaram a articular nomes alternativos. Uma das op&ccedil;&otilde;es pensadas &eacute; Jos&eacute; Ronaldo (DEM), que cumpre o segundo mandato como prefeito de Feira de Santana, munic&iacute;pio com o segundo maior n&uacute;mero de eleitores do Estado. Outra alternativa &eacute; lan&ccedil;ar como candidato a governador o atual vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, que deve trocar o MDB pelo DEM e que assumir&aacute; o comando da capital baiana, caso Neto saia do cargo para disputar o governo. Aliados de Neto dizem que ele teme deixar a Prefeitura de Salvador, onde tem uma gest&atilde;o com mais de 70% de aprova&ccedil;&atilde;o, e n&atilde;o conseguir se eleger governador. Caso decida disputar o Executivo estadual, ele ter&aacute; de se desincompatibilizar do cargo em 7 de abril e enfrentar&aacute; Rui Costa, um dos quatro governadores do PT que tentar&atilde;o reelei&ccedil;&atilde;o em outubro, tendo a seu favor o peso da m&aacute;quina governamental e, no caso de Costa, uma gest&atilde;o aprovada por 65% da popula&ccedil;&atilde;o. Nesse cen&aacute;rio, interlocutores aconselham Neto, que deve assumir a presid&ecirc;ncia nacional do DEM no in&iacute;cio de mar&ccedil;o, a concluir seu mandato como prefeito em 2020, e s&oacute; disputar o governo da Bahia em 2022. Nesse intervalo, aliados dizem que ele pode fazer um curso na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Procurado, o prefeito disse apenas que ainda n&atilde;o decidiu se disputar&aacute; as elei&ccedil;&otilde;es deste ano. O DEM v&ecirc; em Neto um de seus candidatos a governador mais competitivo, representando um importante palanque para o presidente da C&acirc;mara, Rodrigo Maia (RJ), pr&eacute;-candidato da legenda &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. Caso o prefeito fique de fora da disputa, a avalia&ccedil;&atilde;o da sigla &eacute; de &eacute; preciso lan&ccedil;ar outro candidato para dar palanque a Maia ou outro candidato de centro que o partido venha a apoiar na disputa presidencial no Estado, o maior da regi&atilde;o Nordeste.

&nbsp;

Ap&oacute;s se aproximar do PSD, o prefeito Jo&atilde;o Doria (PSDB-SP) investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de S&atilde;o Paulo. A negocia&ccedil;&atilde;o partid&aacute;ria, que envolve o presidente da C&acirc;mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre &agrave; revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as pr&eacute;vias paulistas da legenda para maio. Com o adiamento das pr&eacute;vias, o prefeito seria for&ccedil;ado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legisla&ccedil;&atilde;o, os pol&iacute;ticos que forem concorrer nas elei&ccedil;&otilde;es deste ano devem renunciar at&eacute; o dia 7 abril. Doria e Maia conversaram sobre a sucess&atilde;o em S&atilde;o Paulo no avi&atilde;o do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na ter&ccedil;a-feira de carnaval (13). Ao chegar &agrave; capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto. Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual alian&ccedil;a em S&atilde;o Paulo ser&aacute; do diret&oacute;rio regional do DEM. O prefeito deve almo&ccedil;ar no s&aacute;bado (17) com o secret&aacute;rio estadual de Habita&ccedil;&atilde;o, Rodrigo Garcia, pr&eacute;-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia &eacute; oferecer a Garcia a vaga ao Senado. Por essa configura&ccedil;&atilde;o, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimenta&ccedil;&atilde;o de Doria incomodou aliados de Alckmin. O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Pal&aacute;cio dos Bandeirantes. Pr&eacute;-candidato &agrave; Presid&ecirc;ncia, Alckmin n&atilde;o descarta convidar o vice-governador M&aacute;rcio Fran&ccedil;a (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reelei&ccedil;&atilde;o, para se filiar ao PSDB e ser o candidato &uacute;nico da coaliz&atilde;o governista. Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cl&aacute;usula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos &quot;natos&quot; &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o - ou seja, sem a necessidade de disputar pr&eacute;vias.&nbsp;A pedido dos tr&ecirc;s pr&eacute;-candidatos ao governo que se apresentaram formalmente at&eacute; agora no PSDB - Luiz Felipe d&#39;&Aacute;vila, Floriano Pesaro e Jos&eacute; An&iacute;bal -, a reuni&atilde;o da executiva que decidir&aacute; a data das pr&eacute;vias foi adiada do pr&oacute;ximo dia 19 para 5 de mar&ccedil;o. Doria havia defendido na &uacute;ltima reuni&atilde;o nacional da dire&ccedil;&atilde;o do PSDB a realiza&ccedil;&atilde;o das pr&eacute;vias j&aacute; no dia 4 de mar&ccedil;o. &quot;Defendo que as pr&eacute;vias sejam em maio. Assim haver&aacute; tempo para promovermos o bom debate. A pol&iacute;tica &eacute; feita de riscos&quot;, disse An&iacute;bal. Diante do impasse, aliados de Doria no PSDB afirmam agora que o primeiro turno da elei&ccedil;&atilde;o interna deve ocorrer no dia 11 de mar&ccedil;o e o segundo, no dia 18. Dessa forma, ele ainda poderia concorrer sem ter de deixar a Prefeitura. O grupo do prefeito age para formar maioria na reuni&atilde;o decisiva do partido do dia 5 de mar&ccedil;o. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal O Estado de S. Paulo.

Notícia

ACM Neto prepara ações cível e criminal contra partido

Notícias Relacionadas

PCdoB pode abrir mão de candidatura para unir esquerda, diz Orlando Silva

DEM já discute nomes alternativos a ACM Neto para governo da Bahia

Doria negocia com DEM, mas ala tucana tenta impedir candidatura