Minas demitiu Maurício Souza para 'protegê-lo', diz diretor, em áudio vazado
O Minas Tênis Clube não demitiu Maurício Souza pelas falas homofóbicas do atleta, e sim para "protegê-lo". De acordo com informações do blog Olhar Olímpico, é o que diz o diretor de vôlei masculino da equipe, Elói Lacerda de Oliveira Neto, em arquivo de áudio vazado.
"Fui eu que dispensei o Maurício, tá? Está todo mundo vindo bater, mas as pessoas deixaram o Minas desamparado. Durante uma semana apanhando da imprensa, da comunidade LGBT. Fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído", afirmou Elói.
No mesmo trecho de áudio, o dirigente revela que pagou o contrato integral do atleta até maio de 2022. "Não ficou desamparado. Fizemos porque não tivemos apoio", disse.
Por fim, Elói complementa dizendo que Maurício "não é homofóbico", e critica as comunidades LGBTQIA+. "Temos que ser proativos. Essas comunidades radicais são ativas. Eles foram na presidência da Melitta, na Alemanha, da Fiat, na Itália, e nós ficamos literalmente rendidos. Havia milhares de manifestações contra o Minas, contra Maurício. Ele não foi mandado porque é homofóbico. Ele não é homofóbico. A declaração dele é pessoal dele. Foi mandado embora para a proteção dele e do Minas", pontua.
O Minas não se pronunciou sobre o tema, ainda segundo a publicação.
RELEMBRE O CASO
Maurício Souza foi demitido após publicar uma imagem criticando a bissexualidade do atual Superman, Joe Kent, filho do herói original, Clark Kent (saiba mais aqui).
Os patrocinadores do Minas Tênis Clube imediatamente se posicionaram contra a homofobia. A equipe rescindiu contrato com o atleta na última quarta-feira (27). Além disso, o técnico da seleção brasileira, Renan Dal Zotto, fechou as portas para o central.
Na última sexta-feira (29), Maurício afirmou estar procurando um novo clube.