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Paralimpíada de Tóquio terá 9 baianos representando o Brasil; confira

Por Nuno Krause

Paralimpíada de Tóquio terá 9 baianos representando o Brasil; confira
Foto: Divulgação

O "Comitê Olímpico Baiano" fez sucesso na Olimpíada de Tóquio. Com quatro medalhas de ouro e uma de prata, o estado poderia ter ficado na 21ª colocação do quadro geral se fosse um país. A partir desta terça-feira (24), nove atletas baianos terão a chance de brilhar em outro evento. Às 8h (de Brasília), acontece a abertura da Paralimpíada de Tóquio, e o Bahia Notícias te mostra quem serão os representantes da Bahia. 

 

FUTEBOL DE 5

A modalidade em que o Brasil é tricampeão olímpico está recheada de dendê. Melhor jogador do mundo em 2010, Jeferson da Conceição Gonçalves, o Jefinho, participou de todas as conquistas com a amarelinha, e segue estrelando a seleção favorita. O baiano perdeu a visão com apenas sete anos, após ser diagnosticado com glaucoma. Antes de chegar ao futebol de 5, específico para cegos, à exceção dos goleiros, o ala/pivô chegou a tentar natação e atletismo.

 

Um dos companheiros do craque é Cássio Reis, nascido em Ituberá (BA), que joga como fixo. Apesar de não participar da conquista de Pequim-2008, ele esteve presente tanto em Londres-2012 como na Rio-2016, e ajudou a seleção brasileira nos títulos da Copa América (2009 e 2013), do Mundial da ISBA (2010, 2014 e 2018) e dos Jogos Parapan-Americanos (2011, 2015 e 2019). Um deslocamento de retina seguido de catarata tirou a visão de Cássio, aos 14 anos.

 

Completa a lista de baianos do futebol de 5 o soteropolitano Gledson Barros. Ele conheceu a modalidade no Instituto de Cegos da Bahia (ICB), após perder a visão, aos 6 anos, por causa de uma atrofia no nervo óptico. Hoje ala/pivô da seleção brasileira, Gledson não esteve na Rio-2016, mas participou da conquista de Londres-2012. Também é bicampeão mundial e parapan-americano. 

 

Seleção é tetracampeã parapan-americana (Foto: Washington Alves / Exemplus / CPB)

 

ATLETISMO

A modalidade também é a que tem mais atletas do estado, todas mulheres. Na classe T36, para atletas com paralisia cerebral, Tascitha Oliveira Cruz disputa as provas de velocidade. Ela foi medalha de prata nos 100 e 200 metros rasos nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto (2015) e Lima (2019). Na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, ela chegou à final, mas não conseguiu medalhar. 

 

Também na categoria T36, Samira Brito, que nasceu em Juazeiro, mas mora em Petrolina-PE, é a segunda colocada no ranking mundial dos 100 e 200 metros. Na carreira, ela tem 64 medalhas, dois troféus e já foi campeã brasileira e Norte-Nordeste. Essa é a primeira convocação da atleta para os Jogos Olímpicos. 

 

No outro extremo das provas de atletismo, a maratona, a Bahia estará representada por Edneusa Dorta. Ela foi medalha de Bronze nos Jogos do Rio, ao lado de Tito Sena, na classe T11, com o tempo de 3h18min38. Na ocasião, a atleta já tinha 40 anos. Sendo assim, chega à Paralimpíada de Tóquio com 45. A atleta tem baixa visão desde o nascimento, devido à rubéola que adquiriu da mãe ainda na gestação.

 

Edneusa Dorta foi medalha de bronze na Rio-2016 (Foto: Divulgação / rededoesporte.gov.br)

 

Outra grande esperança de medalha para a Bahia e para o Brasil em Tóquio é Raíssa Rocha Machado. Ela foi medalha de ouro no lançamento de dardo dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, e ainda está em busca de seu primeiro pódio olímpico. Com má formação congênita, a baiana se encontrou no esporte. Ela ainda tem medalhas de prata no Parapan-Americano de Toronto e no Mundial de Doha, em 2015, e um bronze no Mundial de Dubai, em 2019. 

 

REMO E HALTEROFILISMO

Após perder os movimentos das pernas, por causa de um abcesso na medula, o médico Renê Pereira utiliza o remo para a reabilitação. Ele começou a competir profissionalmente na categoria Single Skiff PR1 em 2015, e já em 2016 conseguiu vaga nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, quando ficou com a sexta colocação. Em Tóquio, ele vai em busca de sua primeira medalha. 

 

No halterofilismo, Evânio Rodrigues tentará repetir o feito da Rio-2016. Na ocasião, ele foi o primeiro medalhista olímpico do Brasil na história da modalidade, após ficar de fora da Pralimpíada de Londres-2012 por apenas um quilo. Em 2017, ele foi medalha de bronze no Mundial, disputado no México.