Tite lamenta falta de amistosos contra europeus, mas exalta nível da América do Sul
Desde a criação da Liga das Nações da Uefa em 2018 e somado à pandemia global do novo coronavírus, o Brasil tem encontrado dificuldades em marcar amistosos com as melhores seleções europeias. Mesmo sem valer nada, jogos desse tipo servem para avaliar a preparação da seleção brasileira visando uma Copa do Mundo. Na noite desta quinta-feira (17), após a goleada sobre o Peru, pela Copa América, o técnico Tite lamentou a falta de testes contra nações que entram fortes no Mundial.
"Nós queríamos a seleção da Espanha, de Portugal, todas as europeias. Se tivéssemos um calendário que nos proporcionasse essas situações. Se não a gente fica pensando numa situação imaginária. Imaginária é uma coisa, real é outra. A preparação é agora", afirmou na entrevista coletiva.
O torneio europeu é disputado nas datas Fifa, quando as seleções não estão jogando as eliminatórias da Copa do Mundo ou da Eurocopa. Com isso, o calendário fica preenchido sem muitas folgas para encarar os países fora do continente.
Com o resultado diante dos peruanos, o Brasil se isolou no Grupo B do torneio continental com seis pontos, dois a mais do que a Colômbia, que é a segunda. Nas eliminatórias, o time Canarinho também tem sobrado com 100% de aproveitamento em seis partidas. O selecionado ocupa o primeiro posto da tabela de classificação com 18 pontos, quatro a mais do que a Argentina, que é a vice-líder. Apesar disso, Tite valorizou os adversários sul-americanos.
"O pessoal fica desvalorizando nossos confrontos. Nós temos Argentina de Messi, Lautaro, Aguero e companhia. Temos Colômbia com Sanchez, Mina, Cuadrado. Jogadores de alto nível. Temos Uruguai com Suárez, Cavani, Godin. Gostaríamos de ter calendário para jogar com equipes europeias, mas não foi possível", disse o treinador.
O Brasil ganha folga na terceira rodada da Copa América e só volta a jogar na próxima quarta (23), às 21h, contra a Colômbia, no Engenhão. A partida valerá pela quarta jornada.