STJD ouve arbitragem e recolhe primeiros depoimentos sobre o caso Gerson e Ramírez
No mesmo dia em que Mano Menezes, ex-técnico do Bahia, pediu para depor virtualmente para o caso de acusação de injúria racial do jogador Índio Ramírez, do Tricolor, sobre Gerson, do Flamengo (leia mais), a equipe de arbitragem escalada para o jogo entre as duas equipes também foi ouvida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A sessão com o árbitro Flávio Rodrigues de Souza, os auxiliares Marcelo Carvalho Van Gasse e Danilo Ricardo Simon Manis e o delegado da partida Marcelo Vianna aconteceu nesta segunda-feira (25), sob sigilo, na sede do STJD, no Rio de Janeiro. Nenhum deles quis falar com a imprensa após darem seus depoimentos.
Esses foram os primeiros depoimentos colhidos pela entidade, que investiga o caso simultaneamente com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da capital carioca.
Para dar seguimento ao inquérito, o STJD ainda irá ouvir Gerson, Natan e Bruno Henrique, do Flamengo, e Ramírez, do Bahia. Todos foram intimados para depor no dia 3 de fevereiro. Os jogadores do Rubro-negro isao se apresentar presencialmente pela manha, enquanto Ramírez irá falar virtualmente a tarde.
Só após ouvir todas as partes é que o STJD irá decidir abrir a denúncia ou não sobre a acusação.
O caso ocorreu no dia 20 de dezembro, em jogo do Flamengo e Bahia pelo Brasileirão no Maracanã, em que, durante um desentendimento em campo, o meia Gerson acusou Ramíres de falar “cala boca, negro” em tom pejorativo.