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Landim escreve carta à torcida do Flamengo após polêmicas da reunião com Bolsonaro

Landim escreve carta à torcida do Flamengo após polêmicas da reunião com Bolsonaro
Foto: Reprodução

A reunião entre o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, na terça-feira (19) passada gerou polêmica entre os torcedores do Rubro-negro carioca. Nesta segunda-feira (25), o site do clube publicou uma carta dirigente para a torcida em resposta às críticas que recebeu ao longo da última semana.

 

“Entendo que meu papel como presidente do Clube é o de defender seus interesses e para isso é necessário me relacionar com autoridades”, declarou Landim no texto. “Para mim, não importa a orientação política delas. Busco a todas no sentido de conseguir os apoios que precisamos para melhorar continuamente o nosso Flamengo”, explicou o presidente do clube.

 

Sobre os protestos da torcida pichados na semana passada nos muros da Gávea (leia mais), o dirigente se defendeu. “(...) o cidadão Rodolfo Landim tem suas convicções políticas pessoais, mas posso garantir que as guardo para mim e em nada deixo-as interferir na atuação do presidente do Flamengo”, pontuou. “Este, por dever de ofício, deve se relacionar igualmente com todas as autoridades, respeitando a vontade do povo que as elegeu. É assim que funcionam as democracias”, declarou o presidente do Flamengo após ser chamado de fascista em uma das pichações. 

 

Na reunião da última terça (19), que ocasionou os protestos, estavam Landim, outras autoridades do Flamengo e o presidente do Vasco, Alexandre Campello, em encontro com o presidente da República para discutirem possibilidades de retomada do futebol carioca. Enquanto o Rubro-negro continua encaminhando os treinos, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse nesta segunda (25) que as atividades em grupo só devem ser autorizadas a partir da próxima semana. O Flamengo reapresentou a equipe no CT Ninho do Urubu sem a liberação de autoridades na última quarta (20).

 

Leia a carta de Landim na íntegra: 

 

Nação Rubro-Negra,

 

O que está escrito nessa carta é o retrato de como eu vejo o Flamengo.

 

Somos torcedores de todas as raças e credos, irmanados por uma única paixão.

 

Infelizmente, nosso país anda doente. Não falo da COVID-19, mas dessa intolerância política de parte a parte que separa até mesmo famílias e que, infelizmente, alguns pretendem implantar também no nosso Clube. O sentimento que nos une é amor e não ódio.

 

Entendo que meu papel como presidente do Clube é o de defender seus interesses e para isso é necessário me relacionar com autoridades.

 

Para mim, não importa a orientação política delas. Busco a todas no sentido de conseguir os apoios que precisamos para melhorar continuamente o nosso Flamengo.

 

Ao longo da minha gestão, tive inúmeros contatos com o prefeito, o governador e o presidente da república. 

 

No Legislativo, estivemos com os presidentes da Câmara dos Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado, sempre discutindo projetos de interesse de nosso Clube.

 

Só como exemplo de total isenção, na inauguração de uma das novas piscinas do Flamengo conseguimos colocar lado a lado, hasteando bandeiras, o vice-governador Claudio Castro e o líder da oposição no Congresso Nacional, Alessandro Molon. Por sinal, são dois grandes rubro-negros, como também são o presidente da Assembleia Legislativa do RJ, André Ceciliano (PT), e o vice-presidente da república, Hamilton Mourão, dois outros importantes representantes do povo que estão sempre abertos a nos ouvir e ajudar.

 

O Flamengo é mais que um Clube, ele é uma Nação e como tal deve ser plural. 

 

É impensável para mim, na posição de líder de uma instituição democrática como o nosso Clube, deixar de discutir problemas e interesses dela com o presidente eleito democraticamente do país.

 

Obviamente, o cidadão Rodolfo Landim tem suas convicções políticas pessoais, mas posso garantir que as guardo para mim e em nada deixo-as interferir na atuação do presidente do Flamengo. Este, por dever de ofício, deve se relacionar igualmente com todas as autoridades, respeitando a vontade do povo que as elegeu. É assim que funcionam as democracias.

 

Podem estar certos de que continuarei agindo dessa forma durante o meu mandato, sempre com o único propósito de defender o interesse do nosso Flamengo. 

 

Abraços e saudações rubro-negras.