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Técnico do Figueirense detona diretoria e diz que time pode não enfrentar o Vitória

Técnico do Figueirense detona diretoria e diz que time pode não enfrentar o Vitória
Foto: Carlos Rauen/NSC TV

O empate em 1 a 1 entre Figueirense e Criciúma no último sábado (27) ficou marcado pelas fortes palavras do técnico do alvinegro, Hemerson Maria. O comandante da equipe criticou a empresa Elephant, que comanda o futebol do clube, por conta dos atrasos no salário e da promessa não cumprida de quitar o débito na última sexta (26).

 

"Estamos lutando. Nossa torcida veio e nos apoiou. Mas volto a dizer, até pelo meu semblante, que o clube vive um abandono. Conselho Fiscal não existe. Não pode ver o que estamos passando e fazer vistas grossas. Supliquei. Falei para os atletas jogarem e a gente dar suporte. Ontem (sexta-feira) acalmei os jogadores, pois corria o risco do Figueirense não estar em campo. Em respeito ao torcedor que aqui veio, teve jogo. Houve uma promessa para 50 pessoas na sala, mas não foi cumprida e sequer teve satisfação", declarou.

 

De acordo com Hemerson Maria, os jogadores não vão treinar e podem estar fora do jogo contra o Vitória na próxima terça-feira (30) caso os salários não sejam pagos.

 

"Os atletas já falaram que não vão treinar amanhã e que na terça não vão jogar se não pagarem. Parece que estamos blefando, mas já olhamos qual a pena para o clube. É um grupo de homens honrados, uma espinha inteligente. Aqui não tem quem pense no dinheiro. Pensamos na coletividade. Tem profissionais passando dificuldade, meninos sem ajuda de custo, patrimônio deteriorado, campos com qualidade ruins, redes furadas, funcionários tristes. Sem reconhecimento. Vocês sabem. Me segurei muitas vezes. É uma via de mão única. Queremos respeito, carinho, e isso não acontece", indicou.

 

"Amanhã (domingo) não vai ter o treino. O nível de irritação já passou do limite. Ninguém tem mais paciência. Quando passamos dificuldade no futebol há o respeito. Mas falta o olho no olho. O Figueirense é um clube desunido em várias áreas. Depois da minha entrevista recebi ligações de Conselheiros querendo falar comigo. Mas eu não vou. É só eles irem até o CFT para conferir a situação de perto. Atletas estão recebendo propostas, mas ficam porque formamos uma família. A gente não se importa com si próprio. Não queremos o dinheiro, o salário, mas respeito com os atletas que vestem essa camisa", acrescentou.

 

O Figueirense está na décima posição da competição nacional, com 18 pontos.