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Campeão brasileiro de Surfski, baiano tenta popularizar 'Ferrari dos mares' no estado

Por Gabriel Rios

Campeão brasileiro de Surfski, baiano tenta popularizar 'Ferrari dos mares' no estado
Foto: Divulgação

Inicialmente criado para socorrer os surfistas na década de 40, o surfski tornou-se um esporte. Pouco conhecida, a modalidade chegou à Bahia apenas em 2015, através de Bruno Machado. Atual Campeão Brasileiro e presidente da Associação Baiana de Surfski (Abaski), ele desenvolve cursos, aulas e eventos de esportes oceânicos, na Galeria Vivá, no Porto da Barra.

Bruno trouxe a modalidade para a Bahia em 2015 | Foto: André Luiz Sá Gomes / Divulgação

“O surfski foi projetado para qualquer condição de mar e de vento. A modalidade de condição clássica é o Downwind, formada por ventos e ondulações. Na técnica da remada é aproveitada a parte mais forte do corpo. Ela se resume na rotação de quadril e na flexão da perna e na girada do tronco. Você usa seu corpo com movimentos rápidos e de ataques. Além de ter menos rastro, a técnica é mais objetiva”, explicou Machado em entrevista ao Bahia Notícias.

 

O baiano contou ao BN como conheceu a modalidade. Praticante de stand-up e canoa havaiana, ele confessa ter sido resistente quanto à ideia de praticar o surfski.

 

“Conheci através de um amigo. Ele já remava, foi quatro vezes campeão mundial, Fernando Fernandes. Sempre me falou dos benefícios. Na época eu era atleta de stand-up e canoa havaiana, então não tive nenhum tipo de interesse em experimentar o surfski. Mas Fernando insistiu tanto que experimentei e gostei muito. Comecei a praticar e resolvi trazer para a Bahia. Me dediquei como atleta e fomentei a modalidade em Salvador. Abrimos a Abaski e estamos trabalhando firme na fomentação da modalidade”, destacou.

 

Além do título brasileiro em dezembro de 2018, Bruno também destaca a conquista do evento Aloha Spirit: “É o maior festival de esportes aquáticos da América Latina. Foram dois títulos muito importantes”.

Bruno Machado sagrou-se campeão brasileiro em 2018 | Foto: Reprodução / Instagram

O atleta acredita no crescimento da modalidade. Segundo ele, a procura tem sido intensa para os cursos no Porto da Barra.

 

“Praticamos na Galeria Vivá, no Porto da Barra. É a modalidade que está mais crescendo em Salvador. Por ser mais rápida, pela remada ser muito confortável, é tido como a Ferrari dos mares. A tendência é crescer ainda mais”, salientou.

A modalidade tem crescido no estado | Foto: Divulgação 

Apesar do crescimento, Machado admite que alguns equipamentos custam caro. Ele explica que o curso oferecido serve como uma habilitação, para que o praticante possa transitar com o material utilizado.

 

“O barco varia entre R$ 6 mil e R$ 23 mil. Também é necessário um remo, que custa R$ 1.800, um colete e um lesch, que é a cordinha que amarra no barco. O curso de cinco horas e mais seis horas do aluguel do equipamento dá R$ 500. As aulas mensais custam R$ 380. São oito aulas no mês, cada uma de 1h30”, comentou.

 

“É uma habilitação. Tem duração de cinco horas, divididas em três aulas. A gente ensina a leitura de mar e vento, do movimento do corpo... Temos um caiaque ergômetro, que simula a remada, e a prática. Com essas cinco horas, você fica apto a transitar com o equipamento. Depois temos o Vivá Surfski Team, que a gente lapida a técnica. Passamos a planilha de treinamento e sempre temos uma meta de distância”, completou.

As aulas acontecem na Barra | Foto: Reprodução / Instagram 

A equipe baiana formada por Bruno, Cleverson, Felipe e Tiago Linhares representam o estado no III Desafio Yacht, na travessia de 60km, entre Salvador e Morro de São Paulo. A competição acontece neste sábado (23). O campeão brasileiro comemorou a preparação e comentou a expectativa para a disputa.

 

“Esse ano deu para completar o treinamento todo. Venho em um ritmo forte desde dezembro, quando conquistei o título. Nossa expectativa é chegar no Top-10”, apontou.

 

 Além da travessia, Bruno Machado sonha alto para a temporada. Ele almeja subir no ranking geral. Ele também revela que Salvador sediará uma das etapas do Campeonato Brasileiro deste ano.

 

“Quero defender meu título brasileiro e subir no ranking geral da modalidade. A primeira etapa acontece em março em São Sebastião. Ela serve como seletiva para o Mundial na França, que acontece em novembro. Em maio tem a segunda etapa do Brasileiro em Florianópolis. A terceira acontece em Salvador. Além disso, quero novamente me tornar campeão do Aloha Sprit”, concluiu.