Baseball: Sem ajuda do governo e com técnico voluntário, Brasil é financiado por liga dos EUA

A heroica classificação da Seleção Brasileira de Baseball para o World Baseball Classic, na última terça-feira (20) após vencer o Panamá fora de casa, não contou com colaboração do governo federal segundo o presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), Jorge Otsuka.

 

- É difícil manter o nosso esporte amador em nível competitivo. Para chamar os jogadores para campeonatos sul-americanos é difícil. Já no World Classic [espécie de Copa do Mundo da modalidade], é tudo bancado pela Major League Baseball [MLB, a liga profissional dos Estados Unidos e Canadá], aí conseguimos juntar todos os atletas [que atuam no Japão, Venezuela e EUA]. Deram material, hotel de primeira linha, alimentação – disse o cartola, que está há mais de duas décadas no cargo.

 

Os incentivos da Lei Agnelo/Piva, que transfere dinheiro das loterias federais às confederações olímpicas do Brasil, deixaram de fomentar o baseball em 2009, quando o esporte passou a não fazer mais parte do programa olímpico.

 

O treinador da Seleção Brasileira, Barry Larkin, tem lugar no hall da fama do beisebol dos Estados Unidos, mas treina a equipe voluntariamente. 

 

- Esse torneio foi uma vitrine tanto para atletas, como para ele [Larkin]. É quase certo que ele vá assinar contrato com um time profissional, mas ele continua [na seleção] até março [quando acontece o World Classic] – garante Jorge Otsuka em entrevista a ESPN.