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Entrevista

Gestor financeiro, Marcelo Barros vê 2016 próspero no Bahia: 'Teremos um bom ano'

Por Ulisses Gama

Gestor financeiro, Marcelo Barros vê 2016 próspero no Bahia: 'Teremos um bom ano'
Foto: Divulgação / EC Bahia
Apesar de um 2015 de fracasso em seu principal objetivo dentro do campo, o Esporte Clube Bahia aguarda e confia em um 2016 próspero. Diretor financeiro do tricolor, Marcelo Barros deu uma previsão positiva para o ano que se aproxima. "Chegamos no fim do ano com as contas em dia, teremos um saldo positivo e acho que teremos um bom ano em 2016. Esperamos ter melhores condições para suprir as questões das contratações de jogadores", disse, em entrevista ao Bahia Notícias. Ex-secretário de Administração da Bahia, que está no Esquadrão desde dezembro do ano passado, Barros falou sobre a experiência de gerir o dinheiro de um clube, da atual dívida e da adesão ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), instituído pela Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (veja aqui), que tem como objetivo principal refinanciar as dívidas dos clubes brasileiros e modernizar as suas respectivas gestões. Além disso, o dirigente esclareceu a questão das cotas de televisão e contou os principais planos para 2016. 


Marcelo, você nunca havia tido uma experiência ligada diretamente a um clube de futebol. Existem muitas diferenças?
São semelhantes a uma empresa normal. É ver o dinheiro que entra e que sai. Pude ver que as coisas básicas de uma gestão financeira não foram feitas nas gestões anteriores, como o controle do fluxo de caixa e capacidade de previsão e planejamento. O trabalho foi de melhorar e planejar esse fluxo de caixa.
 
 
“O orçamento é a razão. O futebol é a emoção. A gente tem que achar um meio termo dos dois”. Você disse essa frase ao assumir o cargo no clube. Crê que conseguiu cumprir neste primeiro ano?
Do ponto de vista de orçamento e controle financeiro eu acho que sim, chegamos no fim do nao com as contas em dia, teremos um saldo positivo e acho que teremos um bom ano em 2016. Esperamos ter melhores condições para suprir as questões das contratações de jogadores.
 
Como estava, de fato, a situação financeira do Bahia no início da gestão?
Quando a gente entrou no Bahia, não conseguiamos ver o que seria do Bahia. Agora nós temos essa noção. Acredito que o Bahia terá oportunidade de arcar com as dividas. Organizar a receita não é coisa para um ano. Recuperar a dívida que o Bahia tem dura cerca de cinco a dez anos. Creio que, após este período, o Bahia terá condições de investimentos de maior poder. Nosso setor tem que dar este resultado.
 
Como ficará a dívida do Bahia com a União após a adesão ao Profut?
Estimo que a dívida, agora que entramos no Profut, deve cair para os 100 milhões de reais. Atualmente, o débito esta próximo dos 130 milhões. Estamos aguardando o acerto para ter uma certeza.
 
Na última quarta-feira (18), o Bahia recebeu Rogério Hammam, representante do Ministério do Esporte. Na ocasião, a reunião tratou principalmente do Profut. Como foi a conversa? 
Foi uma conversa positiva, porque ele fez questão de colocar que o papel dele não é só fiscalizar, mas também de incentivar o esporte. Ele se colocou a disposição para ajudar o Bahia com projetos e recursos de leis de incentivo. Em breve poderemos ter acesso a estes benefícios.

Clube se reuniu com Rogério Hammam para falar do Profut. Foto: Divulgação / EC Bahia
 
Após a permanência na Série B, imprensa e torcida discutem sobre as novas cotas de TV para o clube no ano que vem. Como será a real situação?
O Bahia no ano que vem terá um novo contrato de televisão. Mesmo permanecendo na Série B, teremos um aumento de 50% em relação a esse ano. Foram 35 milhões de reais neste ano. A previsão é de que o clube receba 53 milhões de reais da detentora dos direitos televisivos.
 
No lado financeiro, qual é o maior problema do Esporte Clube Bahia?
O grande problema do Bahia não é mais a questão do controle de fluxo. É a questão de lidar com a dívida do passado. Se somar todas as dívidas trabalhistas e com  fornecedores, vira um peso muito grande. Em 2016 teremos que pagar de 800 mil a 1 milhão de reais por mês em dívidas referentes a gestões passadas. A parcela mensal do Profut deve ser de 200 mil reais, além de mais 200 mil para fornecedores que cobram na justiça. Nos acordos trabalhistas, 400 mil reais. Poderíamos ter uns quatro ou cinco atletas de nível sem esse pagamento a fazer. O passado tira essa oportunidade da gente fazer um bom time. 
 
Como você vê a associação da marca do Bahia com outras marcas?
O Bahia já tem uma capacidade de geração de recursos muito grandes. Acredito que a associação de marcas deve ter um cunho social, como tivemos com as Obras Sociais Irmã Dulce. Teremos melhores resultados desta maneira.
 
Quais são os seus principais planos para o clube em 2016?
O principal plano é continuar mantendo a saúde financeira do clube. É manter o equilíbrio. Queremos tornar a gestão cada vez mais profissional.