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Um pouco das mudanças...

Por Felipe Santana

Um pouco das mudanças...
Foto: Max Haack
Oficialmente, no dia 23 de agosto de 2015, completo quatro temporadas com a missão de cobrir diariamente, enquanto funcionário do Bahia Notícias, todos os assuntos ligados ao Esporte Clube Bahia. Durante este período, obviamente, vi muita coisa acontecer, inclusive uma intervenção judicial. O que para muitos, na época, era algo quase impossível. Acompanhei troca de técnicos, diretores, contratações boas, outras ruins, e agora uma nova gestão. Acredito que por esta data comemorativa o torcedor que faz parte da minha rotina, acompanha entrevistas, notas e matérias, ficaria contente em ler, refletir e principalmente discordar do que eu teria a dizer sobre o Bahia, hoje, comandado por Marcelo Sant'Ana, em oito meses de gestão. 
 
O clube passou por mudanças, aos olhos do torcedor, em diversos setores. No departamento médico, por exemplo, saíram Márcio Santana e Marcos Lopes. O segundo, depois muitos anos de serviço ao tricolor, saiu em uma decisão correta do presidente: profissionalizar o setor. Ele, em virtude de questões profissionais, não poderia ter dedicação exclusiva e vínculo. Mas, por tudo que fez, merecia uma despedida muito melhor ou, pelo menos, com maior destaque. O fisiologista Maurício Maltez, diga-se de passagem, contratado na época de Marcelo Guimarães Filho, e demitido injustamente na gestão de Schmidt, voltou a fazer parte da comissão técnica. Uma excelente pessoa, querida no clube e capacitada. Outra novidade foi a contratação de Eduardo Bahia, ex-seleção brasileira e Vitória, para ocupar a função de preparador de goleiro no lugar de Ricardo Palmeira. Eu, na época, questionei e achei desnecessária a mudança, não por ser contra a Eduardo, mas por crê na capacidade de Palmeira. Aliás, os dois são bons demais no que fazem. Diferença está no estilo e técnicas de preparar os goleiros. Muda o assunto! Lulinha Tavares, famoso e muito elogiado nos grandes clubes, é FUNCIONÁRIO do Bahia. A ideia em ter um coach esportivo, e não apenas no momento de turbulência, foi digna de aplausos. Basta olhar para trás e olhar para Fluminense e o Palmeiras, que se livraram do rebaixamento com ajuda dele.
 
É lógico que, hoje, o torcedor está pouco interessado em saber dessas coisas. Então, hora de pular para outros setores do clube. Na área de comunicação e marketing, onde o clube fez um grande investimento ao trazer Jorge Avancini, a quantidade de patrocínios é muito boa (5 na camisa). Em contrapartida, o bendito novo plano de sócios não saiu. Final do mês de agosto, quase, e nada dele. A temporada já passou da metade, e quem mora fora continua a pagar igual aos soteropolitanos. O sócio não consegue ter um cartão para entrar no estádio, sem a necessidade de pegar filas. Aliás, esta fila NUNCA ACABA. O Bahia firmou novo contrato com o estádio, modificou cláusulas, mas a sofrência do tricolor para comprar ingressos não acaba. Um eterno arrocha. Jogos com grande concorrência, então, melhor deixar para lá. Sem falar nas pequenas mudanças, como, o Twitter oficial deixar de seguir torcedores e responder como eles, sem tanta formalidade. O veto do registro de momentos religiosos no vestiário, antes exibidos no vídeo dos bastidores dos jogos. O Bahia se afastou um pouco mais do torcedor, e não só por isso. Ação da camisa nova foi no Lounge, a venda antecipada de ingresso dentro do estádio foi no Lounge, quem bate pênalti no intervalo está no Lounge, o balcão da loja é no Lounge...

Pelo lado bom, que não só um só, os ídolos estão mais próximos e mais bem tratados, só observar a proximidade e o maior destaque dado a Zé Carlos, Beijoca e Lima Sergipano. O programa de sócio tem mais parceiros. A realização do 'Dia do Bahêa' foi simples e ao mesmo tempo marcante. Tudo isso somado as promoções de ingressos/materiais e a produção da camisa 'Esquadrão de Aço' que, apesar de não ter gostado, admito que foi um sucesso. Chamou a atenção de todos, vendeu e foi lucrativa. Levar o clube para outras cidades, como Feira de Santana e Aracaju, merece citação.

E o futebol? Esse sempre será o grande centro das atenções. Alexandre Faria e Éder Ferrari formam uma boa dupla, sim, apesar da chuva de críticas e cobrança. Elas (críticas), não tenho dúvida, precisam existir. Era necessário voltar a usar base, e não só explorar na hora do aperto. Quem era Gustavo, torcedor? Você o conhecia? Pois é. Ele, para mim, é o grande sucesso deste departamento. De esquecido da base, rejeitado por muitos treinadores, para ser titular da Série B e com baixo custo salarial. Foi estabelecido um teto salarial para novas contratações, reduziram a folha e impuseram ao time uma nova maneira de atuar, sob comando de Sérgio Soares, ainda que isso não agrade a todos. Isso torna o trabalho perfeito? Não. Erraram, e não foi apenas uma vez, só olhar para a defesa: Chicão e Adriano Alves. Quando acertaram, na teoria, foram queimados (Alexandro e Éder) dentro de campo: Léo Gamalho. Todos o queriam, mas ele não rendeu. E o que eles fizeram com Wilson Pittoni? Outro grande exemplo de recuperação. O Bahia, até agosto, renovou com inúmeros da base (Gustavo, Robson, Jean, Carlos, Rômulo,, Lourival Zé Roberto, Luam, Mário, Yuri), outra ação a ser parabenizada. Por outro lado, aliás, é melhor deixar 'os lados' pra lá. O grande 'calo' foi nas laterais. O Bahia, do jeito que está, vai terminar o ano com atletas da base no setor, aposto em Railan e Vitor. Nenhum dos contratados foi capaz de pegar a titularidade e nunca mais largar, seja pela parte técnica ou clínica. Não posso esquecer da venda de Bruno Paulista, no mínimo, precipitada. Tem outros argumentos para ser contra a negociação, que fique registrado. Ao mesmo tempo, depois várias gestões, o tricolor voltou a contratar destaques de outros clubes, com idade para base, com o objetivo de preparar e depois lançar: Hayner, Dener, Índio e Andrei.

E você, torcedor, o que mudou neste período? Te vejo mais acomodado, menos participativo e mais exigente. As pancadas do passado pesam até hoje (incluindo a queda para Série B)? Eu sei o quanto você, tricolor, sofreu. Mas para que seu clube do coração, o tão exaltado tricolor de aço, volte a ser grande, é preciso que ele tenha um pouco mais da sua energia e aproximação. Faça o que estiver ao seu alcance, e isso pode ser através de orações ou rezas diárias. Este é o primeiro passo. O segundo: está em dúvida entre ir ao estádio ou ficar em casa? Vá. Grite, empurre e volte exausto por tamanho esforço realizado na arquibancada. Ou, para aqueles que, além do amor, podem contribuir financeiramente, não deixe de pagar a mensalidade. Se possível, para ficar ainda mais porreta, pague da mulher/mãe ou do filho/namorada. 

Brincadeiras de lado...

Obrigado por todos os dias de paciência. Sou grato por você ter lido um erro, a falta de uma letra, mas mesmo assim continuou no site. Obrigado por cada acesso, pela escolha em apertar o botão de curtir ou compartilhar. Sem você, lógico, não estaria aqui nesta data tão bacana. Obrigado demais, tricolores e leitores do Bahia Notícias. Obrigadu (Estilo Fábio Jr).

Forte abraço!