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Bellintani revela 'readequação' no bicho para livrar Bahia do Z-4 e convoca torcida

Por Nuno Krause

Bellintani revela 'readequação' no bicho para livrar Bahia do Z-4 e convoca torcida
Foto: Reprodução / YouTube / Salvador FM 92,3

Para manter o Bahia na Série A, os jogadores têm recebido o famoso "bicho". Segundo o presidente Guilherme Bellintani, a premiação, feita a parte dos salários, é paga jogo a jogo, com um incentivo pelos bons resultados obtidos pelos atletas. No entanto, o clube teve de fazer uma "readequação" em relação às metas estabelecidas no início de 2021. 

 

"Fizemos uma mudança no modelo de premiação, já que no começo estabelecemos metas que não conseguiríamos alcançar. Ampliamos uma premiação jogo a jogo. Tem tido uma aceitação e um entendimento muito bom. Temos lideranças no clube que compreendem a situação financeira, mas provocam a diretoria para contemplar a atuação dos jogadores. O bicho jogo a jogo tem tido boa aceitação, mas sempre com muito equilíbrio. Os jogadores entendem que o bicho é um extra, mas o objetivo de todos é que o Bahia permaneça na Série A. A vida das famílias, a vida profissional, econômica de cada um depende da permanência na Série A", contou o mandatário, em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama. 

 

O Esquadrão tem brigado nas posições mais baixas da tabela, e segue na luta para fugir do rebaixamento à Série B. Atualmente, está com 36 pontos. Um dos fatores que vai auxiliar muito nesta meta, na visão de Bellintani, é o apoio da torcida. 

 

O gestor revelou que a ideia é ter pelo menos 30 mil sócios até o fim de novembro. Faltam pouco mais de 2 mil para atingir o objetivo. Além disso, lançar o campeão olímpico Hebert Conceição como o novo embaixador tricolor (saiba mais aqui) é uma ação para também angariar mais contribuintes. 

 

"Hebert é uma alegria. Ele é a cara da nossa torcida, um cara que veio da arquibancada, nos traz a cara do torcedor, a identidade do torcedor. Nomear Hebert é muito importante não só para as ações de marketing, mas para representar o Bahia no mundo inteiro", disse o presidente.

 

Bellintani confirmou ainda que os salários estão em dia. "Estamos com o salário em dia. Imagem em dia. Salvo as três do ano passado. O acordo está feito, estamos cumprindo o cronograma de pagamento. Quem chegou ao Bahia no início do ano não tem nada em aberto, salvo o FGTS, que a lei nos dá o direito de pagar após o fim da pandemia. Para os seis que estavam no ano passado, temos um acordo que está sendo rigorosamente cumprido. De setembro para outubro, começamos o processo de saída da crise financeira. O processo ainda é longo. O Bahia vai sentir por alguns anos o déficit de mais de 50 milhões de reais de 2020. Mas o pior já passou", garantiu o dirigente. 

 

O Bahia volta a campo nesta quinta-feira (18), às 21h, contra o Sport, na Ilha do Retiro. No domingo (21), volta à Fonte Nova para encarar o Cuiabá, às 19h. Para este confronto, Bellintani espera ter "casa cheia", mas lembrou: "Mesmo com promoção nos ingressos, é muito mais vantagem ser sócio".

 

MAS E 2022? 

Mesmo sem ter se garantido na Série A, o Bahia já projeta os próximos passos. Em 2022, segundo Bellintani, o clube passará por uma série de mudanças. "O futebol brasileiro está em um processo de mudança: primeiro a lei do mandante, que vai permitir que os clubes negociem com mais autonomia seus jogos. Tínhamos um contrato que pagava 18 milhões por ano para o Bahia. Fechamos o mesmo produto com a Globo, a expectativa é que saiamos para 27 milhões. Segunda coisa: a própria liga, que entre o final desse ano e o começo do ano que vem devemos ter uma novidade. Terceiro: a lei das Sociedades Anônimas (SA) do futebol, que vai permitir um enxurrada de investidores estrangeiros, e o Bahia não pode ficar de fora. Estamos com um grupo, analisando para ver que tipo de foco a gente pode ter", contou. 

 

Um dos pontos mais importantes do próximo ano é a discussão sobre a permanência ou não do atacante Gilberto, principal destaque do time. Sobre isso, porém, Bellintani não foi capaz de saciar a ansiedade do torcedor por respostas. 

 

"Minha conversa com Gilberto e com o empresário sempre foi no mesmo tom: Se vocês desejam que Gilberto fique no Bahia, vamos fazer todo o esforço possível para que fique. Mas temos limites e vocês sabem. Para que algum clube leve Gilberto no ano que vem, certamente vai ter que dar a Gilberto uma condição financeira razoavelmente maior à que ele tem no Bahia. Se algum clube achar que vai tirar Gilberto por um patamar equivalente, eu duvido. Gilberto já mostrou o carinho que tem pelo clube, e a vontade que tem de fazer história aqui. Mas é uma situação difícil, Gilberto é um jogador muito valorizado", disse o presidente. 

 

Quanto a Índio Ramírez, por outro lado, a situação é mais "tranquila", na visão do gestor. Assim como é com o técnico Guto Ferreira. Com contrato apenas até o fim da temporada, o comandante ainda não sabe se ficará no Esquadrão, mas as chances são boas em caso de sucesso. 

 

"Guto conhece o clube, tem um bom relacionamento com a gente, está mais maduro do que nas outras passagens. Ainda é um treinador jovem, está muito bem ambientado. Mas o foco não é falar de 2022. Certamente tudo vai se encaminhar para um futuro positivo nessa parceria", comentou Bellintani. 

 

Por fim, o mandatário falou sobre o paraguaio Óscar Ruiz, afastado do elenco principal e treinando atualmente no time de transição. Apesar de ter sido adquirido por uma quantia alta, o jogador não correspondeu às expectativas. 

 

"Jogador do clube, por enquanto seguirá no clube. Por enquanto nosso foco é que ele se recupere. Se chegar alguma proposta, vamos avaliar como seria com qualquer jogador", cravou. 

 

Confira a entrevista completa: