Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/

Notícia

Alternativa contra a crise, 'Sócio Centenário' do Bahia já alcança mais de 100 torcedores

Por Ulisses Gama

Alternativa contra a crise, 'Sócio Centenário' do Bahia já alcança mais de 100 torcedores
Revelado no Bahia, Talisca é garoto-propaganda da ação | Foto: Divulgação / ECB

A pandemia do novo coronavírus fez o Bahia começar a procurar opções para conter o baque econômico provocado pela paralisação das atividades. E uma delas vem sendo um sucesso entre os tricolores: o Sócio Centenário. Tudo começou quando o presidente Guilherme Bellintani tomou a iniciativa de pagar as suas parcelas de sócio até 2031, ano em que o Esporte Clube Bahia completa 100 anos.

 

Na medida em que os tricolores foram tomando conhecimento da atitude, outros fanáticos surgiram interessados. Com isso, o presidente convocou uma reunião do Conselho Deliberativo para consultar a legalidade da ação. Após o aval do colegiado, o clube começou a divulgar o projeto e contou com um apoio especial do meia Anderson Talisca, revelado no clube. Ele se tornou um garoto-propaganda do projeto, que hoje já conta com mais de 100 associados. O investimento para ser um Sócio Centenário é de cerca de R$ 6 mil.

 

Um desses fanáticos é o administrador Paulo Adriano, de 42 anos. Morador de São Paulo, ele não exitou em ajudar o clube nesse momento. Ele garante estar confiante no investimento que está sendo feito.

 

"A minha vontade de ajudar o Bahia vem de bastante tempo. Sou presidente da embaixada Bahêa Sampa e a gente faz uma série de ações para juntar mais sócios e o clube dá muita abertura. Depois da democracia, a gente sente confiança nas pessoas que vem passando. Hoje a gente se sente à vontade para fazer esses esforços maiores. Antigamente era um ambiente muito nebuloso, a gente não sabia pra onde iria o aporte que a gente poderia depositar", disse, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

"Depois que o presidente teve a iniciativa, percebi as dificuldades e me interessei em ajudar. Tenho feito ações sociais aqui em São Paulo e me mobilizado bastante. Nada melhor do que ajudar uma das nossas paixões. Fiz as contas, procurei mais informações com o clube e soube dos benefícios. O Bahia também ajudou, a conta fechou e fiz com o intuito de ajudar. A ideia é ajudar, sabendo que o dinheiro está sendo bem alocado. Já estou incentivando os amigos para fazer", acrescentou.

 

 

A mesma motivação de colaborar neste momento ruim está no advogado João Glicério, de 39 anos, que mora em Salvador. Além de querer estender a mão, este torcedor tem uma história de sangue ligada ao Esquadrão de Aço.

 

"Eu soube do Sócio Centenário por um amigo que é um grande tricolor, chamado Marcos Rudá. Ele publicou um vídeo de Guilherme Bellintani agradecendo a ele. Aí surgiu a ideia de fazer a minha e a dos meus filhos. Qual a razão? Meu avô materno, José Carlos de Andrade, era sócio remido do Bahia quando o Bahia lançou o sócio cinquentenário. Mesmo sendo sócio remido, ele decidiu comprar um título extra. Minha avó brigou com ele, foi bem engraçado. Mas ele era um grande tricolor e sou tricolor por conta dele. Quando soube da possibilidade, lembrei logo de meu avô e decidi ajudar o Bahia", disse.

 

 

João Glicério pagou a sua mensalidade e a dos filhos até 2031 | Foto: Reprodução / Twitter / EC Bahia

 

Para Bellintani, precursor da ideia, o Sócio Centenário também vai servir para estreitar ainda mais os laços entre a torcida e o clube.

 

"As notícias da pandemia que chegam desde março são muito ruins para o mundo, para as pessoas e para o futebol. Mas uma coisa boa vai ficar: o fortalecimento do vínculo do Bahia com sua torcida. O sócio centenário é mais um exemplo disso. Mais de 100 pessoas, voluntariamente, anteciparam 12 anos de mensalidades. Isso é impressionante, é o amor pelo clube", declarou ao BN.

 

Na briga contra a crise econômica causada pela doença, o Bahia hoje tem quase 30 mil associados nas modalidades comuns que estão mantendo o pagamento das suas mensalidades.