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Diretor fala de escolha do Bahia em lançamento de relatório da discriminação racial

Por Gabriel Rios / Leandro Aragão

Diretor fala de escolha do Bahia em lançamento de relatório da discriminação racial
Foto: Gabriel Rios / Bahia Notícias

A edição de 2018 do Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol está sendo lançado nesta segunda-feira (17), na Arena Fonte Nova, em Salvador. A ideia do projeto nasceu em 2014 para monitorar os casos de racismo ocorridos no futebol brasileiro, mas que a partir do segundo ano se estendeu para outros esportes e englobou todos os tipos de casos de preconceitos. O Bahia foi convidado para sediar o evento de lançamento do relatório anual. O diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho falou da escolha pelo Tricolor.

 

"O convite para o Bahia surgiu a partir das inciativas que o clube teve em 2018 de trabalhos de gênero e pela montagem do núcleo de ações afirmativas que fez. A gente sentiu uma vontade nos aproximar e começamos a dialogar com o Bahia. Em novembro, a partir dessas ações que foram feitas o Bahia passou a ser reconhecido no Brasil inteiro como um clube que está lutando contra as questões de preconceito e discriminação. Fomos conversando, fizemos o convite e o Bahia aceitou. Estamos aqui hoje extremamente felizes pela postura que o Bahia está tendo na luta contra a discriminação e o preconceito", explicou em entrevista ao Bahia Notícias.

 

De acordo com Marcelo Carvalho, o número de casos de racismo no futebol e envolvendo ex-jogadores aumentou em 2018. Para ele, esse aumento se deve ao fato das vítimas passarem a ter coragem de denunciar.

 

"Em 2018, em análise prévia que fizemos tivemos 93 de casos de preconceito. Ainda não dividimos o que é racismo, o que é machismo e o que é LGBTfobia, mas esse número subiu em relação ao ano anterior. Em 2017 foram 77 casos de preconceito, sendo 43 no futebol. A gente percebeu que tem aumentado e esse aumento é muito em cima da repercussão que está tendo das denúncias e outros atletas vão se sentindo mais encorajados a denunciar. Nós temos o caso de João Marcelo que sofreu racismo num shopping e ele mesmo foi denunciar esse caso. Antigamente a gente não tinha. Alguns atletas diziam que se fosse parar um jogo de futebol por ter sido chamado de macaco não vai ter jogo. Agora não, os jogadores estão entendendo que o que acontece no campo não tem que morrer no campo se for preconceito, se for discriminação, se for violência. Isso é muito interessante essa movimentação que está acontecendo dos atletas e dos clubes nessa luta contra discriminação", destacou.