Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/

Notícia

Perto dos 200 jogos, Lucas Fonseca diz: 'O Bahia é um grande que me abriu as portas'

Por Ulisses Gama

Perto dos 200 jogos, Lucas Fonseca diz: 'O Bahia é um grande que me abriu as portas'
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

Entre idas e vindas, o zagueiro Lucas Fonseca vai completar nesta quinta-feira (20), contra o Botafogo, o seu jogo 200 com a camisa do Bahia - ele é o único do elenco com a marca. Em sua terceira passagem pelo Esquadrão de Aço, o experiente zagueiro de 33 anos, em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, confessou nunca pensar em chegar neste número, mas fez questão de exaltar o trabalho realizado e o clube onde teve diversas conquistas.

 

"Como eu sempre falo: nunca pensei em quantidade de jogos, mas sempre tive na cabeça que se eu sempre der o meu melhor em campo e no dia a dia, as coisas vão acontecer naturalmente. Acho que esse número é fruto de um trabalho em que sempre me dedico. Fico feliz de ter a oportunidade no Bahia, um time grande que abriu as portas para mim", afirmou ele, que comentou sobre as experiências que teve dentro do Fazendão.

 

"Na vida a gente sempre passa por [momentos] bons e ruins. Dificuldade é algo que acontece. Nem sempre a gente vai estar 100%, nem sempre o clube vai estar no caminho certo... Muitas coisas podem influenciar. Nessas três passagens, alternou entre momentos bons e ruins, mas acho que tiveram mais bons momentos. Quando estava mal, soube ter cabeça boa, trabalhar, respeitava o treinador e os companheiros. Nos bons momentos tentei elevar minha forma. Você sempre tem que buscar algo melhor", completou.

 

Lucas chegou ao Bahia em 2012 | Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

 

Nesta temporada, Lucas tem sido incontestável no setor defensivo. Na disputa do Campeonato Brasileiro, o zagueirão chegou a marcar contra o Ceará, algo raro para ele no Tricolor - foram apenas três tentos desde sua chegada. A boa fase é creditada ao trabalho de todos no clube.

 

"Futebol não depende só de um jogador. O atleta consegue destaque quando estamos tendo bons resultados e só conseguimos isso com a equipe. A regularidade minha é um fruto do grupo, estafe, comissão técnica. Para um jogador se destacar, ele precisa de um time compacto", explicou.

 

Lucas Fonseca fez elogios à atual gestão, capitaneada por Guilherme Bellintani, e destacou o sonho de conquistar a Copa Sul-Americana. Porém, ele ressalta que avançar na competição internacional só será possível se a equipe se organizar e absorver o que for passado pelo técnico Enderson Moreira.

 

"Primeiro frisar que as coisas só têm acontecido no Bahia porque a gestão tem evoluído de forma positiva. Estou desde 2012 e posso comparar. Noto uma crescente evolução de gestão. Em relação ao sonho de ser campeão, todos temos, mas do lado de lá o Botafogo tem uma grande equipe e precisamos organizar algumas coisas na nossa. Se Deus quiser, vamos passar de fase e fazer história", pontuou Lucas.

 

Por fim, ele garante que a aposentadoria não é algo que passa em sua cabeça, graças ao suporte físico que é dado aos atletas.

 

"Não penso em aposentadoria porque o futebol tem evoluído muito. Tem uma equipe de nutrição, fisiologia, fisioterapia, trabalhos preventidos na preparação física. São atividades que elevam o nível físico do atleta, otimiza a recuperação nos desgaste. Quando um jogador assimila as coisas e procura aproveitar o futebol moderno, ele tende a ter uma carreira prolongada. Onde se tem uma boa gestão, as coisas tendem a ser mais organizadas", finalizou.

 

Lucas Fonseca comemora título baiano de 2018 | Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias

 

Ao fim da entrevista, Lucas Fonseca destacou grandes momentos que viveu no clube, elegeu o melhor jogador com quem atuou e citou treinadores marcantes. Confira: 

 


MELHOR ATUAÇÃO

"Não sou muito bom de recordar as coisas, mas um jogo muito importante foi a final da Copa do Nordeste, lá contra o Sport. Sabíamos que precisávamos de uma segurança lá atrás e acho que tive uma atuação equilibrada, que ajudou bastante".

 

MOMENTOS ESPECIAIS NO BAHIA

"Destacaria o Baiano desse ano, ganhamos lá no Barradão. A Copa do Nordeste no ano passado, que ganhamos do Sport. Vamos atingindo uma certa experiência e esse período todo eu tenho me comprometido muito, isso traz uma regularidade grande dentro do clube".

 

MELHOR JOGADOR COM QUEM ATUOU

"É uma pergunta difícil. Com todos zagueiros que joguei, tive bons momentos. Em relação ao melhor, vi vários com potencial de jogar na Europa. Foram muitos. O Talisca era um jogador tecnicamente que chamava atenção pela batida, pela visão de jogo, pela ofensividade. Mesmo não sendo rápido, chegava na frente, chutava bem. Mas vejo muitos meninos aqui dentro com potencial. O Bahia conseguindo evoluir, vão aparecer grandes jogadores".

 

TÉCNICOS QUE MARCARAM
"Posso falar vários. Tive o Jorginho que me oportunizou quando cheguei. Nunca tinha jogado Série A e soube aproveitar. Falo também do Cristóvão, que teve aquele processo de intervenção. Ele conseguiu, junto com o Anderson Barros e o elenco, manter o time na Série A. Quero falar do Guto, que já tinha trabalhado no Mogi Mirim e aqui no Bahia conseguimos o acesso em 2016, organizamos bem a equipe e conseguimos a Copa do Nordeste. Ele acabou saindo, mas foi um treinador que me ajudou muito. Quero destacar o Enderson, que tem uma proposta de jogo diferente e a gente tem procurado assimilar o mais rápido possível para conquistar os resultados".

 

"BAHIA DOS SONHOS"
A reportagem propôs uma brincadeira ao xerife do Esquadrão de Aço. A missão do zagueiro foi escalar uma seleção do Bahia no período em que ele atuou. A formação escolhida foi a seguinte: Marcelo Lomba; Lucas Fonseca, Demerson e Titi; Hélder e Fahel; Gabriel, Régis e Anderson Talisca; Souza e Fernandão.