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Entrevista

Live do BN: Otto se diz contrário a impeachment e deixa nas mãos do STF

Live do BN: Otto se diz contrário a impeachment e deixa nas mãos do STF
Foto: Bahia Notícias

O senador baiano Otto Alencar é contrário a instalação do processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em meio à pandemia do novo coronavírus. O parlamentar, que é o presidente do PSD Bahia e líder da bancada da sigla no Senado, avalia que o Brasil não tem condições de lidar com um processo de impeachment no momento. O senador foi o convidado desta quinta-feira (30) da Live do Bahia Notícias no Instagram.

 

“A denúncia foi para o Supremo Tribunal Federal (STF), e o STF que tome as condições”, sugeriu Otto. “Nós não temos condições agora de promover um impeachment de um presidente da República, numa crise que o inimigo comum é o coronavírus. O meu adversário político é o presidente. Eu respeito a posição dele administrativa. Não vou tomar nenhuma decisão intempestiva, radical, para instalar um processo de impeachment”, completou Otto durante conversa com o editor do Bahia Notícias Fernando Duarte.

 

Alencar também falou sobre como o PSD e outros partidos lidaram com a possibilidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, contra o presidente da República Jair Bolsonaro.

 

“Na terça-feira eu reuni a bancada do PSD. Nós decidimos que não vamos assinar a CPI. Já tem uma CPI da Fake News que [senador Angelo] Coronel é o presidente. Para que outra CPI no Senado? A esquerda queria fazer a CPI. Eu não aceitei. Chamei os dois senadores. Nós não assinamos, o MDB não assinou, os outros partidos não assinaram. Não teve número pra fazer a CPI do Moro com o Bolsonaro”, relatou.

 

Outros aspectos do governo Bolsonaro foram discutidos durante a live. O senador Otto Alencar criticou as mudanças ministeriais feitas pelo mandatário brasileiro em pouco mais de um ano de mandato, e também ao comportamento e relação de Jair Bolsonaro com o Congresso, o Judiciário e a imprensa. “Já é o sétimo ministro demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em um ano e quatro meses. O que eu peço, e o que lamento não ter acontecido ainda, é sobriedade, serenidade e entendimento”, disse Otto.

 

“Eu não quero que mais dois anos e oito meses que o Bolsonaro tem de mandato seja de crise, de beligerância, de briga com a imprensa, com o Supremo Tribunal, com os deputados, enfim, com a sociedade de maneira geral. Espero que ele possa corrigir”, desejou o parlamentar da Bahia.

 

Otto ainda ressaltou que o presidente Bolsonaro tem “tempo demais” para fazer correções e tentar alinhar o governo e as ações. “A minha oposição é de uma maneira responsável. Não tomo decisões que tenham o conhecimento e a discussão dentro do meu partido. Eu tenho que ouvir todos os senadores, já que eu lidero a segunda maior bancada do Senado Federal”, acrescentou Otto Alencar. 

 

Veja a entrevista: