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Marca Bahia Notícias

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Fábio Mota prevê reconstrução de obra incendiada de Mário Cravo Jr. até o fim do ano

Por Jamile Amine

Fábio Mota prevê reconstrução de obra incendiada de Mário Cravo Jr. até o fim do ano
Foto: Divulgação

Após um imbróglio de mais de um ano e meio, a reconstrução do “Monumento à Cidade de Salvador”, de autoria do artista plástico baiano Mário Cravo Júnior, pode desenrolar em breve. Anunciada pelo prefeito Bruno Reis para acontecer em meados de abril (clique aqui), a licitação está em processo, à cargo da Superintendência de Obras Públicas do Salvador (Sucop). 

 

“Nesse momento a Sucop deve estar licitando. Acho que ainda nesse segundo semestre se concluirá a licitação da empresa que vai fazer a estrutura. Aí, construída a estrutura, a Desal [Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador], empresa pública do Município, entra e faz o monumento”, explica o secretário municipal de Cultura e Turismo, Fábio Mota. “Então acho que até o fim do ano conclui tudo”, prevê o gestor.


INCÊNDIO E IMPASSE FAMILIAR

Localizada no bairro do Comércio, próximo ao Elevador Lacerda, a obra “Monumento à Cidade de Salvador”, também conhecida como “Monumento Fonte da Rampa do Mercado”, foi destruída por um incêndio em dezembro de 2019 (relembre). 

 

Um dos mais emblemáticos cartões postais da capital baiana, a obra foi pivô de uma disputa que envolve a prefeitura municipal e a família do artista, por conta de direitos autorais (saiba mais aqui e aqui).

 

O impasse se deu por causa de divergências de um dos herdeiros do artista plástico baiano, que pede o pagamento de direitos autorais para a liberação da obra, enquanto os demais familiares abriram mão do pagamento. 

 

Em 2020, ao confirmar a reconstrução da escultura, a Diretora de Patrimônio e Humanidades da Fundação Gregório de Mattos FGM, Milena Tavares, afirmou que a prefeitura de Salvador tem amparo legal para dar andamento às obras. “Sobre a questão com a família, estamos nos amparando no parecer enviado pela Procuradoria [Geral do Município]”, declarou.

 

O documento em questão foi elaborado a pedido do presidente da FGM, Fernando Guerreiro, e da própria Milena, no âmbito do processo administrativo de número 405/2020, que visa consultar a procedência ou não da cobrança dos direitos autorais.

 

Ainda em setembro de 2020, em um gesto otimista, Guerreiro chegou a dar por solucionado o impasse entre a gestão municipal e a família de Mário Cravo Jr. (relembre), mas a advogada de Ivan Cravo -  filho de Mário que pleiteia o pagamento dos direitos - negou que seu cliente tivesse fechado um acordo com a prefeitura de Salvador (saiba mais).

 

Em janeiro deste ano, já com o parecer da PGM, o presidente da Fundação Gregório de Mattos destacou que o processo burocrático de responsabilidade da instituição estava adiantado. Ele também estimou que a obra seria reinaugurada no segundo semestre de 2021, já com material anti-chamas (clique aqui).  


 
“Todo o termo de referência está pronto e agora já estamos partindo para a licitação. Então, uma vez licitada e a empresa ganhando essa licitação, a gente começa a execução da obra. Eu acho que em setembro ou outubro a gente está com isso aí para inaugurar”, disse Guerreiro, à época.