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Marca Bahia Notícias

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BTCA e OSBA apresentam 'A História do Soldado' no projeto 'Domingo no TCA'

BTCA e OSBA apresentam 'A História do Soldado' no projeto 'Domingo no TCA'
Foto: Divulgação

O Teatro Castro Alves (TCA) exibe em mais uma edição virtual do projeto "Domingo no TCA", dessa vez com a apresentação do espetáculo “A História do Soldado”, resultado do trabalho conjunto entre o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) e a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).

 

Através dela, os dois corpos artísticos da Bahia fazem renascer a obra da composição do russo Igor Stravinsky (1882-1971), a partir de texto do suíço Charles-Ferdinand Ramuz (1878-1947). Com texto e direção de Wanderley Meira, coreografia de Jorge Silva e regência de Eduardo Torres, o registro em vídeo entra no ar no dia 25 de outubro, às 11h, no canal de YouTube do TCA. 

 

A adaptação mantém intacta a versão original da composição musical, mas faz a história do soldado que vende seu violino ao diabo ganhar uma discussão contemporânea sobre o lugar do artista e da arte na atualidade. 

 

Wanderley Meira, diretor artístico do BTCA, conta que o objetivo é dialogar com a ideia de soldados-artistas que podem ser diabos das suas próprias trajetórias: “A obra é sobre a persistência e a resistência dos artistas que mantêm a marcha, apesar dos desvios e obstáculos” – tema ainda mais discutido nas circunstâncias dos dias de hoje. 

 

Para Carlos Prazeres, diretor artístico da OSBA, o coração do TCA é formado pelos seus dois corpos estáveis. “Ver este coração pulsando saudável para correr maratonas deve ser o nosso objetivo. Foi com este intuito que a OSBA fez o convite ao BTCA. ‘A História do Soldado’ veio para reafirmar e solidificar esta união, que deve ser celebrada a cada segundo”, assegura. 

 

DANÇA DE ORIXÁS GUERREIROS E TRILHA HISTÓRICA
Convidado para assinar a coreografia de “A História do Soldado”, Jorge Silva pensa o fazer artístico diário, apresentando os dançarinos como mulheres e homens comuns. Atravessados por traços das culturas afrodescendentes, os movimentos são inspirados nos orixás guerreiros, como Ogun e Iansã, partindo dos gestos cotidianos e da relação dos diversos corpos do BTCA com objetos.  

 

Na trilha, o espetáculo apresenta o trabalho do russo Igor Stravinsky, que explora uma enorme diversidade rítmica, extrapolando características do chamado “período russo”. A composição explora o material popular nacional, contemplando desde a marcha militar até danças mais populares, como tango, valsa e pasodoble espanhol. Mesmo com instrumentação reduzida, a ousadia faz dessa composição mais do que uma peça de câmara. A obra estreou em 1918, na cidade suíça de Lausanne, com formação de sete instrumentistas, número mantido nesta versão baiana.  

 

Para compor o enredo, os atores Daniel Farias e Fernanda Silva participam como narradores convidados. Cenário, figurino e maquiagem foram assinados por Zuarte Júnior e a iluminação é de João Sanches.