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Marca Bahia Notícias

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Fernanda Montenegro diz que nem na ditadura militar a arte teve tão pouco prestígio

Fernanda Montenegro diz que nem na ditadura militar a arte teve tão pouco prestígio
Foto: Divulgação

Um dos medalhões da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro comentou o cenário atual do país, durante uma coletiva virtual da série “Amor & Sorte”. 

 

Segundo a coluna Notícias da TV, a artista, que foi hostilizada e chamada de “sórdida” pelo ex-secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, quando ocupava a direção da Fundação Nacional de Artes (Funarte) (relembre o caso), criticou a caça às bruxas recorrente no Brasil contra o setor cultural. "É uma imbecilidade, um retrocesso gigantesco e trágico, porque nós [artistas] não vamos acabar. A cultura de um país é tudo a que um homem pode aspirar de transcendência", disse a atriz.

 

A atriz chegou ainda a comparar o Brasil de hoje com a ditadura. "Eu nunca vi, mesmo no período militar, um momento em que a zona artística tenha tão pouco prestígio quando agora. Mas nós temos criatividade e não vamos ficar no meio do caminho. É só uma questão de tempo", avaliou Fernanda Montenegro. "É um ciclo que vai passar e não estou assustada. É só um problema de paciência, fingir que eles vão ter algum poder durante algum tempo. Não têm não, imagina", acrescentou.

 

Apesar das dificuldades durante a pandemia e do clima de animosidade e divisão no país, a atriz fez também uma leitura esperançosa, lembrando que, mais do que nunca, as pessoas se refugiaram na arte para superar o isolamento. "E estamos vivos, sim, produzindo, sim, com maior dificuldade, interferência, maior destrutividade em volta, tudo bem", declarou.